EXCLUSIVO-Amazon quer que vendedores ofereçam mais produtos em outros países
Por Jeffrey Dastin
LAS VEGAS (Reuters) - A Amazon.com está fazendo um esforço para que os vendedores de seu website vendam mercadorias em outros países, preparando o terreno para competição mais acirrada com concorrentes de marketplaces administrados por eBay e potencialmente o Alibaba Group.
Mais de um quarto de toda receita para vendedores no Amazon globalmente derivaram transações em outros países em 2017, crescimento superior a 50 por cento ante o ano anterior, disse o vice-presidente da Amazon, Eric Broussard, em uma entrevista antes de sua apresentação na conferência ShopTalk, em Las Vegas.
Isso equivale entre 50 bilhões e 75 bilhões de dólares para empresas vendendo para clientes em outros países, com base em estimativas de analistas sobre a venda bruta total dos vendedores. A Amazon não divulga os dados.
O aumento das vendas entre fronteiras, que ultrapassou o crescimento de 31 por cento nas receitas líquidas gerais da Amazon, representa uma grande oportunidade para a maior varejista online do mundo. É por isso que a Amazon encoraja seus vendedores a listar cada vez mais produtos em seus sites ao redor do mundo, o que pode tornar seus marketplaces mais atrativos para compradores do que os da concorrência.
"A velocidade com que os vendedores têm vendido globalmente tem acelerado ao longo do tempo", disse Broussard, que supervisiona os marketplaces internacionais da Amazon.
Para a Amazon, uma forma central de atrair vendedores é alugar espaço em mais de 150 armazéns ao redor do mundo para que vendedores possam armazenar seus produtos perto dos clientes, sem o inconveniente de exportar cada encomenda. A Amazon opera 13 marketplaces globalmente.
"Um cliente compra na Alemanha, paga em euros e recebe muito rapidamente" um produto de um vendedor nos EUA, por exemplo, disse Broussard.
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