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Acidente fatal com carro autônomo deveria ter sido evitado, diz rival do Uber

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Imagem: Divulgação

Caren Bohan

27/03/2018 18h56

O co-fundador da empresa de transporte urbano por aplicativo Lyft anunciou nesta terça-feira que a colisão fatal na qual um veículo autônomo do Uber atingiu um pedestre poderia ter sido evitada.

"Eu não conheço todos os detalhes. Eu vi o vídeo. Parecia que tanto a tecnologia quanto o motorista poderiam ou deveriam ter evitado isso. Mas eu não conheço todos os detalhes", disse o co-fundador da Lyft, John Zimmer, a repórteres durante uma visita a Washington.

Elaine Herzberg estava andando de bicicleta fora da faixa de pedestres em uma rodovia de quatro pistas no subúrbio de Phoenix, em Tempe, em 18 de março, quando foi atropelada pelo veículo do Uber viajando a cerca de 65 quilômetros por hora, segundo a polícia. O Volvo XC90 SUV estava em modo autônomo com um operador atrás do volante.

A morte da mulher de 49 anos levantou dúvidas sobre se haveria necessidade de mais fiscalização na indústria e levou o governador do Arizona a suspender o teste Uber.

Zimmer disse que era importante não tomar atalhos e lançar novas tecnologias antes de estar pronto. "Precisamos ter certeza de que todos os participantes estão agindo de forma responsável, porque, novamente, o objetivo é realmente torná-lo uma oportunidade mais segura para as pessoas", afirmou.

Atualmente, não há padrões de desempenho ou testes estaduais ou federais de veículos autônomos antes de serem implantados nas estradas dos EUA.

Os veículos autônomos são projetados para ter um desempenho muito melhor que os condutores humanos e reduzir o número de mortes em acidentes. Zimmer citou estatísticas que mostram que cerca de 100 pessoas por dia são mortas em acidentes envolvendo automóveis nos Estados Unidos:

O objetivo é levar este número a zero. Então, eu me preocupo. Se os autônomos levarem um dia a mais por causa disso, para chegarem ao mercado, isso pode ser a vida de 100 pessoas que estão em risco

A Lyft vem competindo por uma fatia maior do mercado norte-americano, agora dominado pelo Uber, que foi abalado por saídas de executivos após uma investigação sobre alegações de assédio sexual, intimidação e outras queixas de funcionários. A Lyft procurou se autodenominar como uma empresa mais socialmente consciente.

Nesta terça-feira, a Lyft, com sede em San Francisco, anunciou que começaria a conduzir auditorias de terceiros para garantir que os trabalhadores recebam salários iguais, independentemente de sexo ou raça.