EUA investigam chinesa Huawei por violação de sanções contra Irã, dizem fontes
Por Karen Freifeld e Eric Auchard
NOVA YORK/LONDRES (Reuters) - Procuradores federais de Nova York estão investigando pelo menos desde o ano passado se a empresa chinesa Huawei violou sanções dos Estados Unidos contra o Irã, de acordo com fontes familiarizadas com a situação.
Os procuradores têm investigado o suposto envio de produtos de origem norte-americana para o Irã e outros países, violando as leis de exportação e sanções dos EUA, disseram duas fontes sob condição de anonimato.
A investigação, noticiada pelo jornal Wall Street Journal na quarta-feira, está sendo conduzida pela Procuradoria dos EUA no Brooklyn, disseram as fontes. John Marzulli, porta-voz do Ministério Público, não confirmou nem negou a investigação.
O Departamento de Justiça em Washington recusou comentar.
A Huawei, que fabrica telefones e equipamentos para redes de telecomunicações, disse que cumpre com "todas as leis e regulamentos aplicáveis em que opera, incluindo os controles de exportação aplicáveis e as leis de sanção e regulamentos da ONU, EUA e União Europeia".
As notícias da investigação do Departamento de Justiça seguem uma série de ações norte-americanas destinadas a impedir ou reduzir o acesso da Huawei e da fabricante de smartphones chinesa ZTE à economia dos EUA, em meio a alegações de que as empresas poderiam estar usando sua tecnologia para espionar norte-americanos.
Em fevereiro, o senador republicano Richard Burr, do Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos, citou preocupações sobre disseminação de tecnologias chinesas nos EUA, que chamou de "riscos de contrainformação e de segurança da informação que vêm pré-embalados em bens e serviços de certos vendedores estrangeiros".
Os senadores republicanos Marco Rubio e Tom Cotton apresentaram uma legislação impedindo o governo dos EUA de comprar ou alugar equipamento de telecomunicações da Huawei ou da ZTE, alegando que as empresas chinesas poderiam usar seu acesso para espionar autoridades norte-americanas.
Autoridades norte-americanas proibiram na semana passada empresas norte-americanas de vender para a ZTE por sete anos, dizendo que a empresa quebrou um acordo ligado a sanções do Irã com repetidas declarações falsas - medida que ameaça cortar a cadeia de fornecimento da ZTE.
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