Resultados do Facebook amenizam tensões após escândalo de privacidade de dados
(Reuters) - As ações do Facebook subiam quase 9 por cento nesta quinta-feira, após um resultado trimestral positivo que acalmou os nervos de investidores sobre os desdobramentos do escândalo de privacidade envolvendo a Cambridge Analytica.
Antes da divulgação dos resultados na noite de quarta-feira, o impacto do compartilhamento indevido de dados havia tirado mais de 70 bilhões de dólares do valor de mercado da maior rede social do mundo, com queda no valor das ações de 13 por cento.
Os números do primeiro trimestre mostraram que o lucro do Facebook subiu 63 por cento e a receita avançou 49 por cento, superando as estimativas otimistas de analistas em meio a crescimento de vendas de anúncios.
"A unidade de inovação de anúncios do Facebook, o investimento e o foco em trazer novos anunciantes para a plataforma estão guiando isso", disse o analista Brian Nowak do Morgan Stanley.
"Isso, para nós, diz como o Facebook (e Google também) pode continuar a registrar grande crescimento de anúncios e poder de lucro por anos à frente."
O número de usuários ativos mensais subiu 13 por cento, para 2,2 bilhões, diminuindo as preocupações de que o escândalo de dados e o lançamento da campanha #DeleteFacebook levaria usuários a deixar a rede social.
Assim como a controladora do Google, Alphabet, mais cedo nesta semana, o Facebook também está gastando mais para deixar os dados em sua plataforma mais seguro. A empresa informou que os gastos este ano vão crescer entre 50 e 60 por cento, acima da faixa anterior, de 45 a 60 por cento.
Inicialmente, pelo menos, investidores estavam avaliando o movimento como sensível e não uma grande ameaça à receita da empresa.
"Nós acreditamos que seja um movimento prudente para garantir a estabilização de engajamento de usuários, confiança de anunciantes e relações governamentais" disse o analista da Mizuho Securities James Lee.
Pelo menos oito corretoras elevaram o preço-alvo para as ações do Facebook, enquanto uma cortou.
(Por Supantha Mukherjee em Bengaluru)
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