China aprova venda de unidade de chip da Toshiba para consórcio liderado por Bain
Por Taro Fuse e Taiga Uranaka
TÓQUIO (Reuters) - A Toshiba Corp disse na quinta-feira que os reguladores da China aprovaram a venda de sua unidade de chips por 18 bilhões de dólares a um consórcio liderado pela empresa norte-americana de private equity Bain Capital, marcando o fim de uma saga que durou um ano em torno de seu ativo mais valioso.
A análise antimonopólio era o maior e último obstáculo para a venda bem-sucedida da Toshiba Memory, a segunda maior produtora mundial de chips NAND.
O consórcio Bain venceu no ano passado uma longa e altamente controversa batalha pelo negócio, que a Toshiba colocou à venda após bilhões de dólares em custos extras com a sua unidade nuclear Westinghouse, que mergulhou em uma crise.
A aprovação do acordo veio em um momento de tensão comercial entre a China e os Estados Unidos, que tem alimentado temores de que Pequim adiaria as revisões dos principais acordos globais de chips. Liu He, confidente de Xi Jinping, está atualmente em Washington para discutir a disputa comercial.
A Toshiba informou em um breve comunicado que espera que o acordo seja concluído em 1º de junho.
Um representante da Administração Estatal da China para a Regulamentação do Mercado disse no início do dia que não estava ciente da situação e não fez mais comentários. Um representante da Bain não estava imediatamente disponível para comentar.
A revisão prolongada alimentou especulações de que a Toshiba poderia abandonar o negócio e buscar planos alternativos, como uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da unidade.
A aprovação do consórcio Bain pode aumentar as esperanças de que Pequim também dê a luz verde para a proposta da Qualcomm de 44 bilhões de dólares pela rival NXP Semiconductors. Fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters na terça-feira que ainda não houve nenhum avanço concreto na China.
O consórcio da Bain inclui a fabricante de chips sul-coreana SK Hynix, a Apple Inc., Dell Technologies, Seagate Technology e Kingston Technology.
O acordo vai levar a Toshiba a reinvestir na unidade e junto com Hoya Corp, fabricante de peças para dispositivos de chips, as empresas japonesas vão deter mais de 50 por cento do negócio - um desejo profundo do governo japonês.
Se a aprovação não tivesse sido concedida, a Toshiba teria a opção de desistir. A empresa não está mais desesperada por dinheiro, depois de uma nova emissão de 5,4 bilhões de dólares para investidores estrangeiros no final do ano passado, enquanto alguns acionistas ativistas se opõem à venda, argumentando que ela subestima o valor da unidade significativamente.
Mas os credores da Toshiba, incluindo os principais bancos, estão ansiosos para que o acordo prossiga, dizendo que a empresa por si só não é capaz de arcar com o enorme investimento de capital necessário para acompanhar rivais como a Samsung Electronics .
(Reportagem adicional de Stella Qiu em Pequim, Makiko Yamazaki e Junko Fujita em Tóquio, e Miyoung Kim em Cingapura)
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