CEO da Apple chama uso dos nossos dados de 'arma de eficiência militar'
O presidente-executivo da Apple, Tim Cook, disse que as empresas de tecnologia estão usando os dados de clientes como “armas com eficiência militar” para aumentar o lucro.
Falando na Conferência Internacional de Proteção de Dados e Comissários de Privacidade nesta quarta-feira (24), Cook disse que a Apple apoia uma lei federal de privacidade nos Estados Unidos e também tem o compromisso da fabricante do iPhone de proteger os dados e a privacidade dos usuários.
Questões sobre como informações pessoais são usadas e como os consumidores podem proteger seus dados estão sob os holofotes depois de grandes violações da privacidade envolvendo a privacidade de milhões de usuários de internet e mídias sociais em todo mundo.
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Na contramão, a Apple projeta muitos de seus produtos para não poderem ver os dados dos usuários. Por isso, a empresa tem conseguido se manter fora dos escândalos de privacidade que atingiram seus concorrentes Google e Facebook em 2018.
O desejo de colocar os lucros acima da privacidade não é novidade
Tim Cook
Ele falou diante de uma multidão de reguladores de privacidade e executivos de tecnologia.
Esse comércio explodiu em um complexo industrial de dados. Nossa própria informação, do cotidiano ao profundamente pessoal, está sendo transformada em uma arma contra nós com eficiência militar
Ele citou o ex-juiz da Suprema Corte dos EUA Louis Brandeis que, em um artigo da "Harvard Law Review" de 1890, alertou que a fofoca não era mais o recurso dos ociosos e perversos, mas havia virado um comércio.
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“Esses fragmentos de dados ... cada um inofensivo o suficiente ... são cuidadosamente reunidos, sintetizados, comercializados e vendidos."
Cook disse que os algoritmos, uma ferramenta importante para os concorrentes, estavam transformando preferências inofensivas em convicções rígidas.
“Não devemos embelezar as consequências. Isso é vigilância. E o armazenamento de dados pessoais serve apenas para enriquecer as empresas que os coletam”.
Cook também alertou que os governos abusam dos dados e da confiança dos usuários, uma preocupação para muitos, com eleições em vários países do mundo.
Os usuários devem sempre saber quais dados estão sendo coletados e para que estão sendo coletados. Esta é a única maneira de capacitar os usuários a decidir qual coleta é legítima e qual não é. Qualquer coisa menos é uma farsa
Os presidentes-executivos do Facebook e do Google, respectivamente, Mark Zuckerberg e Sundar Pichai, compartilharão suas opiniões por vídeo no final do dia.
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