Impulso 5G da China desacelera com surto do coronavírus
As medidas governamentais para conter a disseminação do coronavírus na China devem adiar o lançamento das redes 5G. Propostas para seis grandes projetos 5G foram adiadas desde 31 de janeiro, segundo documentos do governo.
As propostas incluem um projeto industrial de internet na província de Guangdong, um projeto relacionado a hospitais na província de Jiangxi e um projeto relacionado à polícia na província de Gansu.
Dois principais fornecedores de cabos de fibra ótica também têm sede e instalações de produção importantes na cidade de Wuhan, o epicentro do surto.
Além de fornecer conectividade à internet muito mais rápida, as redes 5G prometem permitir uma série de novos produtos e serviços de tecnologia, de carros autônomos a fábricas inteligentes.
A China fez do 5G uma prioridade nacional, com o objetivo de ter redes e serviços em todo o território antes de outros países e, no ano passado, pressionou as operadoras de telecomunicações a acelerar a implantação.
Mas, como outras empresas na China, empresas de equipamentos de telecomunicações e operadoras de telefonia estão enfrentando um pesadelo logístico, já que as restrições de viagens e as quarentenas resultam na escassez de funcionários e impedem o transporte de mercadorias.
A Yangtze Optical Fiber and Cable, uma das duas principais fabricantes de cabos de fibra óptica com sede em Wuhan, disse em janeiro que vai depender de fábricas localizadas em outras partes da China para manter a produção.
Um gerente da empresa disse à Reuters na quinta-feira que a produção ainda não havia sido retomada em Wuhan e que outras fábricas estavam operando com 50% da capacidade. O gerente, que não estava autorizado a falar com a mídia e não queria ser identificado, se recusou a comentar sobre o impacto nos planos de redes 5G da China.
A FiberHome Telecommunication Technologies, outra fornecedora de cabos de fibra ótica com sede em Wuhan, disse em seu site que estava tentando manter a produção em funcionamento via operação remota.
A construção de bases de redes 5G da China Mobile estava avançando rapidamente no final de dezembro e em janeiro, informaram reportagens da mídia local. Mas uma divisão de Pequim da principal operadora do país também disse à imprensa que o coronavírus teria um impacto definitivo no desenvolvimento do 5G.
"Se as operadoras não conseguirem instalar os cabos de fibra óptica, provavelmente atrasarão as compras das estações rádio-base", disse Edison Lee, analista da Jeffries.
A operadora China Mobile, a rival China Telecom e a China Unicom não responderam aos pedidos de comentários da Reuters.
Um executivo da Huawei Technologies, maior fornecedora mundial de equipamentos de telecomunicações, disse esta semana que tinha estoques suficientes para durar de três a seis meses.
Na maioria dos países, a implantação do 5G ainda não começou ou está em um estágio muito inicial, com as operadoras procedendo com cautela diante dos custos e da falta de potencial de lucro no curto prazo.
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