Telefônica Brasil tem lucro 14,1% menor no 1º tri afetada por impostos e depreciação
A Telefônica Brasil anunciou nesta quarta-feira queda de 14,1% no lucro líquido do primeiro trimestre frente ao mesmo período do ano passado, conforme maiores despesas com impostos e depreciação ofuscaram esforços para cortar custos e a melhora do desempenho operacional.
A companhia, que opera sob a marca Vivo no país, informou lucro líquido de 1,15 bilhão de reais entre janeiro e março, abaixo do consenso de estimativas compiladas pela Refinitiv, de 1,34 bilhão de reais.
Já o desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) cresceu 3,4% ano a ano, para 4,5 bilhões de reais, superando a previsão de 4,33 bilhões de reais, também conforme dados da Refinitiv. A margem Ebitda subiu a 41,6% ante 39,7% no primeiro trimestre de 2019.
Controlada pelo grupo espanhol Telefónica, a Vivo teve redução de 1,4% na receita operacional líquida, para 10,8 bilhões de reais, após quedas tanto no serviço móvel quanto no fixo, além de menores vendas de aparelhos.
Ao mesmo tempo, os custos operacionais encolheram 4,5% no trimestre encerrado em 31 de março, para 6,3 bilhões de reais, refletindo contínuos esforços de automação e digitalização da companhia.
A Vivo registrou 93,1 milhões de acessos ao fim de março, queda de 2% sobre igual intervalo de 2019, à medida que uma retração de 14,6% na base de telefonia fixa mais que compensou um crescimento de 1,7% no segmento móvel, onde a participação de mercado da empresa chegou a 33% no Brasil.
A base de clientes pós-pago da operadora cresceu 6,6% no primeiro trimestre, para 43,7 milhões, representando 58,5% to total de usuários no negócio móvel da Vivo.
A companhia investiu 1,65 bilhão de reais entre janeiro e março, 2,8% menos na comparação anual, direcionando os recursos à expansão da chamada rede FTTH que leva fibra óptica até as residências, além da cobertura 4G e 4.5G.
As ações da Telefônica Brasil caíram mais de 13% até agora neste ano, superando a queda de cerca de 10% da rival TIM Participações, que na véspera também apresentou lucro líquido menor que o esperado pelo mercado diante da estagnação das receitas.
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