Idec pede que Cade investigue aquisição da Fitbit pelo Google
Por Peter Frontini
SÃO PAULO (Reuters) - O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) enviou uma representação ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pedindo uma investigação sobre a aquisição da empresa de dispositivos fitness Fitbit pelo Google, alegando que o acordo ameaça a concorrência.
A transação de 2,1 bilhões de dólares daria ao Google uma vantagem sobre as rivais nos mercados de publicidade online e mecanismos de busca, além de potencialmente alavancar a posição da empresa em setores ligados à saúde, afirmou o Idec em comunicado.
Os dispositivos da Fitbit, como relógios inteligentes, coletam dados de saúde dos usuários, que, segundo o Idec, podem ser usados para criar barreiras e excluir concorrentes.
O acordo, que foi anunciado em novembro, levantou preocupações de órgãos reguladores ao redor do mundo, que pediram comentários de interessados no negócio antes de decidir se aprovará a aquisição ou abrirá uma investigação aprofundada. A decisão deve ocorrer no início de agosto.
Esta semana, o Google se comprometeu a não utilizar os dados de saúde da Fitbit para direcionar anúncios, em uma tentativa de resolver as preocupações dos reguladores europeus.
"É bastante provável que existam impactos negativos aos consumidores a longo prazo", disse Bárbara Simão, pesquisadora de telecomunicações e direitos digitais do Idec. "Sem que haja uma análise prévia da operação, seria difícil reverter os danos, considerando que as bases de dados das empresas já estariam integradas" afirmou.
Representantes do Google no Brasil e o Cade não pudera comentar o assunto de imediato.
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