Bolsonaro admite conversas com EUA e diz: "quem decidirá sobre 5G sou eu"
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira que caberá a ele decidir qual modelo de tecnologia 5G será adotado pelo Brasil, e admitiu que conversa com o governo norte-americano, além de outros países e entidades sobre os prós e contras das redes disponíveis.
"Temos uma decisão sobre 5G pela frente. Quero deixar bem claro: quem vai decidir 5G sou eu, não é terceiro, ninguém dando palpite por aí não, eu vou decidir o 5G", disse ele, em transmissão pelas redes sociais.
"E não é da minha cabeça apenas. Eu converso com o general Augusto Heleno, do GSI, converso com o (Alexandre) Ramagem, que e chefe da Abin, converso com o Rolando Alexandre, que é o diretor-geral da Polícia Federal, com mais inteligência, com gente mais experiente, converso com o governo americano, converso com várias entidades, países, sobre o que temos de pró e contra", acrescentou.
Na transmissão, Bolsonaro disse que o Brasil é uma "potência" e que há um serviço de inteligência lidando com esse tipo de assunto.
O presidente já disse que aspectos de soberania nacional, segurança de informações e dados, questões de política externa e temas econômicas vão pesar na escolha relativa ao 5G.
A escolha da tecnologia 5G tem oposto áreas de influência dos Estados Unidos e da China, dois importantes parceiros comerciais do Brasil. Mesmo antes da pandemia de Covid-19, o leilão do espectro —inicialmente previsto para ocorrer em março de 2020— foi adiado.
Há expectativa que a empresa chinesa Huawei assuma papel fundamental na implementação da próxima geração de rede de alta velocidade na América Latina, apesar dos esforços dos Estados Unidos para conter o avanço da gigante chinesa.
O governo dos EUA já enviou recados alertando para possíveis impedimentos no fortalecimento da cooperação nas áreas de defesa e inteligência com o Brasil caso a empresa chinesa entre no mercado de 5G do país.
Recentemente, o Reino Unido decidiu que removerá todos os equipamentos 5G já instalados da Huawei nesta década, após sofrer forte pressão norte-americana.
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