China manda empresas de entrega e transporte por aplicativo protegerem melhor trabalhadores
XANGAI (Reuters) - Autoridades do governo chinês, na mais recente demonstração de rigor regulatório, disseram nesta sexta-feira a empresas importantes de entrega e transporte por aplicativo que elas devem melhorar a maneira como distribuem renda e garantir período de descanso aos trabalhadores.
As autoridades enviaram essa mensagem durante uma reunião com dez empresas, incluindo Meituan, Didi Global, Ele.me, do Alibaba Group, e Tencent Holdings, segundo um comunicado publicado pelo ministério de Recursos Humanos e Previdência Social.
A reunião aconteceu após os órgãos reguladores elaborarem diretrizes para plataformas de entrega de comida para garantir aos trabalhadores um salário acima da quantia mínima. A imprensa estatal tem criticado a Didi por não remunerar os motoristas de maneira justa.
Órgãos reguladores da China têm adotado medidas duras contra as maiores empresas de tecnologia este ano, com críticas a políticas que exploram trabalhadores e violam direitos do consumidor, parte de uma campanha para exercer mais controle sobre grandes faixas da economia, após anos de crescimento desregulado.
Outras indústrias, como as de games e entretenimento, também viraram alvos.
Na quarta-feira, a China convocou empresas de games como a Tencent e a NetEase para uma reunião na qual elas foram informadas que deveriam aplicar as novas regras da indústria e desviar o foco do crescimento de receita e tráfego.
O ministério da Cultura e Turismo da China ordenou que administradores locais e instituições culturais públicas implementem plenamente requisitos à indústria do entretenimento em uma reunião na quinta-feira, segundo publicou a agência de notícias pública Xinhua.
Na quinta-feira da semana passada, a China mandou que emissoras evitem artistas com “posições politicamente incorretas” e estilos “afeminados”, e disse que uma atmosfera patriótica precisava ser cultivada, fechando ainda mais o cerco em torno da sua cada vez maior indústria do entretenimento.
(Reportagem de Brenda Goh)
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