Falha de segurança no iPhone teria sido explorada por outra empresa de espionagem
Uma falha no software da Apple explorada pela empresa israelense de espionagem NSO Group para invadir iPhones em 2021 foi simultaneamente aproveitada por uma companhia concorrente, segundo cinco pessoas familiarizadas com o assunto.
A QuaDream, disseram as fontes, é uma empresa israelense que também desenvolve ferramentas de invasão de smartphones.
As duas rivais conseguiram a mesma capacidade no ano passado de invadir remotamente iPhones, de acordo com as cinco fontes, o que significa que ambas podem comprometer telefones da Apple sem que os usuários precisem clicar em algum link, recurso conhecido como "zero-click".
Analistas acreditam que as capacidades da NSO e da QuaDream eram semelhantes porque aproveitaram muitas das mesmas vulnerabilidades escondidas na plataforma de mensagens instantâneas da Apple e usaram uma abordagem comparável para implantar software de invasão em dispositivos de seus alvos, de acordo com três das fontes.
A Reuters fez repetidas tentativas de entrar em contato com a QuaDream. Um jornalista da Reuters na semana passada visitou o escritório da QuaDream, em Ramat Gan, no subúrbio de Tel Aviv, mas ninguém recebeu a reportagem.
Um porta-voz da Apple se recusou a comentar sobre a QuaDream ou dizer se há alguma ação que a companhia planeja tomar em relação à empresa.
As empresas de espionagem há muito argumentam que vendem tecnologia para ajudar os governos a frustrar ameaças à segurança nacional. Mas grupos de direitos humanos e jornalistas documentaram repetidamente o uso de seus produtos para atacar a sociedade civil, minar a oposição política e interferir em eleições.
Em novembro, a NSO foi colocada em uma lista negra comercial do Departamento de Comércio dos EUA após as denúncias.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.