Montadoras e empresas de chips divergem sobre solução para escassez de semicondutores
Por Hyunjoo Jin e Jane Lanhee Lee e Ben Klayman
SAN FRANCISCO (Reuters) - Montadoras, incluindo General Motors, Ford e Hyundai prevêem que a restrição na oferta de chips que já dura quase dois anos diminuirá no segundo semestre deste ano, mas fabricantes de microprocessadores automotivos, por outro lado, esperam que a recuperação demore mais.
A escassez de chips custou à indústria automotiva global 210 bilhões de dólares em receitas e uma produção perdida de 7,7 milhões de veículos em 2021, estimou a consultora AlixPartners em setembro.
As diferentes perspectivas sobre a questão enfrentada pela indústria automobilística prolongam a incerteza sobre sua recuperação da pandemia de coronavírus e correm o risco de dificultar seus esforços de transição para novas tecnologias com uso intensivo de chips, como eletrificação e segurança e recursos de assistente de direção.
A Tesla, que gerenciou o fornecimento de chips no ano passado por meio de estratégias que incluem a criação de novos softwares para lidar com as mudanças nos chips, espera que as dificuldades de oferta durem ainda ao longo deste ano antes de diminuírem no próximo.
A Qualcomm se mostra otimista. "Acho que muitos de nossos colegas estão priorizando o negócio de automóveis e entregando o máximo possível", disse Akash Palkhiwala, diretor financeiro da empresa, à Reuters.
A Infineon disse na quinta-feira que o equilíbrio entre oferta e demanda por alguns modelos de chips vai melhorar a partir do segundo semestre deste ano, mas o mercado de microprocessadores mais antigos - cruciais para as montadoras - permanecerá apertado.
“As limitações de oferta estão longe de terminar e persistirão em 2022”, disse o presidente-executivo da Infineon, Reinhard Ploss, durante uma conferência com investidores.
A Ford fez parceria com a fabricante de chips norte-americana GlobalFoundries para reduzir a dependência da taiuanesa TSMC em chips de tecnologia mais antiga.
“Aprendemos muito dolorosamente a lição de que não podemos gerenciar a cadeia de suprimentos para esses importantes componentes como temos feito”, disse o presidente-executivo da Ford, Jim Farley.
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