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Chefe do Spotify diz que 'condena' Joe Rogan, mas 'silenciá-lo não é resposta'

O sueco Daniel Ek, de 33 anos, cofundador e presidente do Spotify - Getty Images
O sueco Daniel Ek, de 33 anos, cofundador e presidente do Spotify Imagem: Getty Images

Por Bhargav Acharya e Shivani Tanna

Reuters

07/02/2022 11h26

O presidente executivo do Spotify, Daniel Ek, disse no domingo condenar "fortemente" os insultos raciais e outros comentários feitos pelo popular apresentador de podcast norte-americano Joe Rogan, mas disse que não o excluirá da plataforma.

As declarações de Ek, contidas em carta vista pela Reuters, vieram logo após Rogan emitir um pedido de desculpas pela segunda vez em uma semana, desta vez por utilizar expressões raciais depois de um vídeo editado mostrá-lo repetidamente pronunciando os insultos.

Ek disse que foi decisão de Rogan remover vários episódios anteriores do podcast "The Joe Rogan Experience", após discussões com a plataforma de streaming de áudio e suas próprias reflexões sobre parte do conteúdo do programa, incluindo o uso de linguagem racialmente insensível.

"Embora eu condene veementemente o que Joe disse... quero deixar um ponto muito claro —não acredito que silenciar Joe seja a resposta", disse Ek.

A empresa também vai destinar 100 milhões de dólares para licenciamento, desenvolvimento e promoção de conteúdo de música e áudio de grupos historicamente marginalizados, em uma tentativa de dar mais amplitude a criadores de diversas origens, de acordo com a carta, confirmada por um porta-voz do Spotify.

Cantores e compositores proeminentes, incluindo Neil Young e Joni Mitchell, disseram que removeriam suas músicas do Spotify em protesto contra a desinformação sobre o coronavírus transmitida na plataforma.

A reação negativa à desinformação sobre a Covid-19 propagada no serviço de streaming apagou mais de 2 bilhões de dólares do valor de mercado do Spotify na semana passada. A empresa disse que adicionaria um "aviso de conteúdo" a qualquer episódio com discussão sobre a Covid-19.