Infracommerce diz que novo plano de incentivo a executivos é fundamental para crescimento
Por Andre Romani
SÃO PAULO (Reuters) - A plataforma de comércio eletrônico Infracommerce disse na segunda-feira à noite que sua proposta para um novo plano de opções de ações é fundamental para o crescimento da empresa e tem como objetivo atrair e reter executivos advindos do mercado e das seis últimas aquisições promovidas pelo grupo.
O posicionamento ocorre após questionamento no mercado sobre a proposta, uma forma comum de manter executivos nas companhias por meio de um benefício pago em ações ao longo do tempo, mas que levou a tombos consecutivos do papel na bolsa recentemente.
As ações da Infracommerce somam seis quedas consecutivas, com baixas de mais de 8% em cada uma das duas últimas sessões. Nesta terça-feira, os papéis abriram com recuo de 0,4%, a 10,18 reais.
Citando dados de crescimento nos últimos anos, a Infracommerce afirmou no comunicado da noite de segunda-feira que "o talento humano é um grande diferencial" no mercado de soluções de tecnologia e infraestrutura para comércio eletrônico, o que justifica um novo plano. A empresa mencionou ainda que a entrega de opções "foi fundamental para que a companhia atingisse o estágio atual de desenvolvimento".
Em relatório divulgado também na segunda-feira a clientes, mas antes da publicação do comunicado pela empresa, analistas do BTG Pactual disseram que a Infracommerce já havia, na época de seu IPO, no primeiro semestre de 2021, sido questionada por investidores por causa do plano de opções anterior (Plano 1).
"Dada a generosidade e o tamanho do primeiro plano, investidores estão surpresos de ver outro plano de opções de ações sendo anunciado menos de um ano após o IPO", escreveram os analistas do banco Carlos Sequeira e Osni Carfi sobre a proposta que irá ser votada por acionistas em 28 de abril.
A Infracommerce comentou no comunicado que se forem totalmente entregues e exercidas, as opções do novo plano (Plano 2) representarão até 5% do capital atual da empresa e que elas envolvem ações suficientes para os próximos quatro anos.
A empresa comentou ainda que o Plano 2 possui "regras de cliff (2 anos), vesting (4 anos) e strike price (baseado no preço de mercado das ações da companhia), alinhados às melhores práticas de governança e do mercado".
Sobre Plano 1, a Infracommerce afirmou que "tinha como 'strike price' valores compatíveis com a avaliação da Infracommerce nos respectivos momentos de outorga, utilizando como parâmetros rodadas de financiamento que aconteceram enquanto a companhia ainda era negociada apenas no mercado privado".
A Infracommerce afirmou ainda que a diluição máxima do Plano 1 atualmente é de 6,9%, já que parcela das opções já foram outorgadas, e não mais de 17,01%, valor "reportado à época e que se referia à diluição sobre a base de ações de 19 de fevereiro de 2021, data anterior ao IPO".
A empresa afirmou que a potencial diluição futura dos 6,9% remanescentes se dará ao longo dos próximos quatro anos, "conforme as opções já outorgadas no contexto do Plano 1 vierem a ser efetivamente exercidas".
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