Huawei busca novas áreas de crescimento em meio a cenário desafiador
Por David Kirton
SHENZHEN, China (Reuters) - A Huawei identificou a tecnologia 5G, a computação em nuvem e a eficiência energética como formas de fortalecer seu negócio, disse o presidente rotativo do conselho de administração da companhia nesta terça-feira.
Relacionadas
Em 2019, sob a administração de Donald Trump, os Estados Unidos colocaram a Huawei em uma lista proibitiva de exportação, o que deixou o outrora poderoso negócio de celulares da empresa chinesa de tecnologia sob imensa pressão. Os EUA dizem que a Huawei é um risco à segurança, o que a companhia nega.
O presidente rotativo do conselho da Huawei, Ken Hu, disse nesta terça-feira que a companhia enfrenta um ano ainda mais assustador do que em 2021, à medida que a geopolítica, a pandemia de Covid-19, o aumento dos preços das commodities e as taxas de câmbio flutuantes elevam as dificuldades da empresa.
Ao discursar em reunião anual de analistas, Hu repetiu os comentários feitos pela empresa há um ano de que o desenvolvimento de áreas novas e mais resilientes de negócios é essencial para a sobrevivência da companhia.
"Sabemos em nossos corações que a Huawei ainda enfrenta muitos desafios e precisamos redobrar nossos esforços", disse ele, citando 5G, computação em nuvem e eficiência energética como áreas de crescimento para a Huawei.
"A Huawei foi injustamente suprimida e sancionada e não podemos obter alguns componentes avançados", acrescentou.
A receita da Huawei caiu 29% no ano passado, para 636,8 bilhões de yuans (97,36 bilhões de dólares), enquanto o lucro líquido aumentou 76%, para 113,7 bilhões de yuans, impulsionado pela venda da unidade de smartphones de baixo custo Honor.
A empresa está sob escrutínio em relação à permanência na Rússia, já que muitas empresas ocidentais se retiraram do país após a invasão da Ucrânia por Moscou.
A Huawei também enfrentou pressão interna, já que dois de seus membros britânicos do conselho renunciaram em março depois de companhia não condenar a guerra.
(Por David Kirton)