Topo

Vision Fund do Softbank registra prejuízo de US$26 bi

12/05/2022 17h02

Por Sam Nussey

TÓQUIO (Reuters) - O SoftBank reportou nesta quinta-feira prejuízo recorde de 26,2 bilhões em seu braço de investimento Vision Fund, com o aumento das taxas de juros e a instabilidade política ameaçando as ações de tecnologia de alto crescimento.

A perda contrastou com o ano anterior, quando o SoftBank apresentou um lucro recorde, colocando a estratégia do fundador e presidente-executivo Masayoshi Son de se concentrar fortemente em ações mais arriscadas e de alto crescimento sob escrutínio.

"Com o mundo em desordem, o SoftBank deve jogar na defesa", disse Son após o anúncio de resultados, prometendo reforçar a posição de caixa do grupo por meio da monetização de ativos e apertar os critérios de investimento.

O Vision Fund possui 475 empresas em seu portfólio e realizou 43 investimentos durante o trimestre. O grupo está diminuindo o ritmo do investimento.

Enquanto 20 empresas do portfólio levantaram fundos com avaliações mais altas no trimestre, o SoftBank também reduziu alguns de seus ativos não listados, em setores como consumidor, fintech e transporte, contribuindo para a perda recorde.

O SoftBank provavelmente investirá metade ou até um quarto do que no ano passado, disse Son, como parte de uma promessa de manter a relação empréstimo/valor do grupo, que era de 20,4% no final de março, abaixo de 25%.

As ações do próprio SoftBank caíram mais da metade em relação às altas de março de 2021. O prejuízo líquido anual do grupo foi de 1,7 trilhão de ienes (13,15 bilhões de dólares). Os ativos da unidade Vision Fund, incluindo os fundos latino-americanos, valiam 175,6 bilhões de dólares no fim de março.

O SoftBank também registrou em seus lucros não consolidados, uma perda de 669,5 bilhões de ienes devido ao seu braço comercial SB Northstar, que fez apostas em ações e derivativos listados, mas acumulou perdas.

A unidade é parte do esforço para diversificar o portfólio do SoftBank além da empresa de comércio eletrônico Alibaba, cujas ações caíram mais de dois terços.