iFood começa a oferecer motos elétricas para entregar por R$ 10 mil
O aplicativo de entregas iFood anunciou nesta terça-feira um acordo com a Voltz para facilitar a aquisição de até mil unidades de motocicletas elétricas no Brasil pelos entregadores, à medida que a empresa avança nos planos de ter metade da frota livre de emissão de carbono até 2025.
Pelos termos da parceria, entregadores do iFood poderão comprar a moto elétrica da Voltz com valor unitário de 10 mil reais, cerca de metade do preço de mercado. O banco BV participa do projeto com uma linha com juros menores para financiamento do veículo com prazo de 12 a 36 meses.
A motocicleta envolvida no acordo, modelo EVS, é equipada com duas baterias que operam simultaneamente. Para facilitar a aquisição pelos entregadores, as motos virão sem bateria, com os compradores escolhendo por planos mensais de abastecimento. Cada bateria custa cerca de 4 mil reais.
O piloto do programa será aplicado na capital paulista, com 19 unidades de postos da rede Ipiranga oferecendo serviço de recarga das baterias. Até o fim do ano, essa rede deve ser ampliada para 100 postos com recarga de baterias. A Ipiranga faz parte do grupo Ultrapar, que participou há um ano de um investimento de 100 milhões de reais na Voltz, em parceria com a fintech Creditas.
O iFood, que investiu 6 milhões de reais nesta primeira fase do projeto, terá uma rede dedicada para manutenção das motos elétricas. Até março do ano que vem, a previsão é ter 10 mil unidades do modelo EVS na frota do aplicativo, o maior do país para refeições e supermercados, com cerca de 270 mil entregadores atendendo 6 milhões de encomendas por mês.
Com o anúncio desta terça-feira, o iFood amplia o envolvimento de veículos não poluentes. A companhia já opera com cerca de 10 mil bicicletas, sendo 2,5 mil elétricas.
"Nossa meta é ter metade das nossas entregas sendo feitas por meio de tecnologias de carbono zero até 2025", disse à Reuters o diretor de estratégia do iFood, João Barreto, acrescentando que atualmente esse percentual é de 5%.
(Por Aluísio Alves)
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