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Setor de tecnologia dos EUA tem maior corte de empregos em maio desde o final de 2020

02/06/2022 16h15

(Reuters) - Os empregadores do setor de tecnologia nos Estados Unidos cortaram quase nove vezes mais empregos em maio do que nos primeiros quatro meses do ano, uma vez que o aumento da inflação e a desaceleração da demanda forçaram as empresas a diminuir custos.

Embora as demissões gerais no país relatadas pela empresa global de recolocação Challenger, Gray & Christmas nesta quinta-feira tenham caído 14,7% em maio em relação a abril, diante da forte demanda no mercado de trabalho, o setor de tecnologia cortou 4.044 empregos, acima dos 459 entre janeiro e abril .

É o maior total mensal desde dezembro de 2020, quando as empresas de tecnologia cortaram até 5.253 empregos.

"Muitas startups de tecnologia que tiveram um tremendo crescimento em 2020, principalmente nos setores imobiliário, financeiro e de entrega, estão começando a ver uma redução nos usuários e, juntamente com as preocupações com a inflação e taxas de juros, estão reestruturando suas forças de trabalho para cortar custos", disse Andrew Challenger, vice-presidente sênior da Challenger, Gray & Christmas.

O impacto da crise na Ucrânia, a inflação nos maiores patamares em quatro décadas e taxas de juros crescentes levaram a redução de projeções por empresas como Snap e Microsoft, enquanto outras como Meta desaceleraram as contratações para controlar os custos.

As fintechs também anunciaram 268% mais cortes de empregos em maio do que nos primeiros quatro meses de 2022, mostra o relatório da Challenger, Gray & Christmas.

No entanto, o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu 11 mil, para 200 mil (dado com ajuste sazonal), na semana encerrada em 28 de maio, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira.

(Por Tiyashi Datta)