PagSeguro tem lucro 29% maior no 1º tri, beneficiada por flexibilização da pandemia
Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) -A PagSeguro teve avanço do lucro no primeiro trimestre, uma vez que a gradual flexibilização das medidas de isolamento social permitiram uma retomada do consumo para níveis similares aos de antes da pandemia de Covid-19.
A empresa de pagamentos e banco digital anunciou nesta quarta-feira que teve lucro líquido de 350 milhões de reais no período, alta de 29% ante um ano antes, apoiada também no reforço da base de clientes e na expansão das receitas devido a maiores vendas de produtos financeiros. Em termos ajustados, o lucro de 371 milhões de reais foi 14% maior.
A companhia listada em Nova York teve de janeiro a março receita total de 3,42 bilhões de reais, aumento de 66% ano a ano, recorde, refletindo um aumento de 60% no volume de pagamentos processados (TPV), de 80,1 bilhões de reais.
"O Brasil observou queda no número de pessoas infectadas e de óbitos por Covid-19 e os eventos sociais e atividades comerciais voltaram a um patamar similar ao de antes da pandemia. Esse cenário resultou em maior volume de pagamentos de transações e, consequentemente, maiores receitas", afirmou a companhia no relatório de resultados.
Os números reforçam a tendência mostrada por rivais que já divulgaram seus resultados do período, como StoneCo e Cielo, com aceleração dos volumes de pagamentos, o que permitiu melhora das margens operacionais.
O resultado operacional da PagSeguro medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado no período somou 769 milhões de reais, avanço de 12% ano a ano.
Além disso, a empresa manteve seus custos e despesas em ritmo inferior ao das receitas. As despesas com transações, por exemplo, avançaram 54%, enquanto as com marketing caíram 9% ano a ano e as com pessoal cresceram apenas 10,3%.
"Fomos mais racionais com algumas despesas", disse o co-presidente-executivo da PagSeguro Alexandre Magnani, falando a jornalistas.
Isso compensou em parte os efeitos das despesas financeiras, que deram um salto de 1.300%, a 620,6 milhões de reais, refletindo entre outros fatores o aumento das taxas de juros sobre a dívida da companhia.
(Edição Alberto Alerigi Jr.)
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