Agência dos EUA quer impedir que Facebook compre gigante da realidade virtual
A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) pediu nesta quarta-feira para impedir temporariamente a Meta, dona do Facebook, de comprar a produtora de conteúdo de realidade virtual Within, segundo um processo judicial.
A FTC, que entrou com uma ação antitruste contra o Facebook em 2020, argumentou no documento que o Facebook é um "gigante da tecnologia global" e possui vários aplicativos populares, incluindo Instagram, Messenger e WhatsApp.
A agência argumentou que a aquisição da Within pelo Facebook "tenderia a criar um monopólio" no mercado de aplicativos de fitness dedicados à realidade virtual. O Facebook aceitou comprar a Within em outubro de 2021 por um valor não revelado.
A Meta disse que discorda da análise da FTC.
"O caso da FTC é baseado em ideologia e especulação, não em evidências. A ideia de que esta aquisição levaria a resultados anticompetitivos em um espaço dinâmico com tanta entrada e crescimento quanto o fitness online e conectado simplesmente não é crível", disse a empresa.
A FTC argumentou que a aquisição é uma forma de a Meta, um redesenho do Facebook com objetivo de passar para a realidade virtual, para dominar o setor. As receitas da indústria de realidade virtual devem crescer de 5 bilhões de dólares no ano passado para mais de 12 bilhões em 2024, disse a FTC.
A Meta já possui o Quest 2, headset de realidade virtual mais vendido, controla a Meta Quest Store com centenas de aplicativos, e comprou fabricantes de jogos como Beat Games, Sanzaru e Ready at Dawn Studios, entre outros.
"A Meta já possui um aplicativo de fitness de realidade virtual mais vendido e tinha a capacidade de competir ainda mais de perto com o popular aplicativo Supernatural da Within", disse John Newsman, diretor do Bureau of Competition da FTC. "A Meta optou por comprar posição de mercado em vez de ganhá-la pelos méritos, e buscaremos todas as medidas cabíveis".
A Within, fundada em 2014, cria conteúdo original para realidade virtual. Ele se descreve como "o principal destino para a realidade virtual cinematográfica".
Os investidores incluem a investidora de risco Andreessen Horowitz, a empresa de investimentos Temasek, além de Disney, 21st Century Fox, Annapurna Pictures e Legendary Pictures.
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