AppLovin faz oferta de US$17,5 bi para compra de rival Unity Software

Por Nivedita Balu e Krystal Hu e Eva Mathews

BENGALURU, Índia (Reuters) - A empresa de software para videogames AppLovin fez uma oferta para comprar a rival Unity Software por 17,54 bilhões de dólares em ações, ameaçando inviabilizar o plano anunciado da Unity de adquirir a concorrente menor da AppLovin, ironSource.

Ambas as empresas, AppLovin e Unity, produzem software usado para projeto de videogames. Tais produtos também estão avançando sobre novas tecnologias, como metaverso.

O software da Unity foi usado para criar alguns dos games mais populares, como "Call of Duty: Mobile" e "Pokemon Go", enquanto a AppLovin fornece assessoria aos desenvolvedores para monetizarem e expandirem seus aplicativos.

A AppLovin ofereceu 58,85 dólares para cada ação da Unity, o que representa um prêmio de 18% em relação ao preço de fechamento da Unity na segunda-feira. A Unity deterá 55% das ações em circulação da empresa combinada, representando cerca de 49% dos direitos de voto.

A AppLovin fez a oferta depois que a Unity anunciou no mês passado a compra da ironSource em uma transação de 4,4 bilhões de dólares em ações. O conselho da Unity terá que as discussões com a ironSource se quiser buscar uma combinação com a AppLovin, de acordo com a proposta.

Sob o acordo proposto, o presidente-executivo da Unity, John Riccitiello, se tornará o presidente-executivo do negócio combinado, enquanto o presidente-executivo da AppLovin, Adam Foroughi, assumirá o papel de diretor de operações.

A Unity disse que seu conselho de administração avaliará a oferta. A empresa reportou 297 milhões de dólares em receita trimestral na terça-feira, crescendo 9% ano a ano, enquanto seu prejuízo operacional aumentou.

"O preço proposto para a Unity parece bem abaixo de seu valor intrínseco", escreveu Michael Pachter, analista da Wedbush Securities. “Achamos que a interferência na aquisição da ironSource é problemática e fará com que o conselho da Unity aja com muito cuidado antes de concordar com uma venda definitiva.”

(Por Eva Mathews, Nivedita Balu e Krystal Hu)