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Índia pressiona Google a conter aplicativos de empréstimos ilegais

19/09/2022 15h37

Por Nupur Anand e Ira Dugal

MUMBAI (Reuters) - O governo e o banco central da Índia pediu ao Google, da Alphabet, que introduza verificações mais rigorosas para ajudar a conter o uso de aplicativos ilegais de empréstimos digitais no país, disseram fontes.

Embora o Google não se enquadre no âmbito do Reserve Bank of India (RBI), ele foi convocado várias vezes nos últimos meses para reuniões por autoridades indianas e instada a introduzir verificações e balanços mais rígidos que podem ajudar a eliminar esses aplicativos, disseram quatro fontes.

O Google disse que no ano passado revisou sua política do programa de desenvolvedores da Play Store para aplicativos de serviços financeiros, incluindo a exigência de requisitos adicionais para aplicativos de empréstimo pessoal na Índia a partir de setembro de 2021.

"Removemos mais de 2 mil aplicativos de empréstimo pessoal direcionados à Índia por violação dos requisitos da política da Play Store", disse um porta-voz do Google, acrescentando que tais medidas são tomadas se suas políticas forem violadas.

"Continuaremos a nos envolver com agências de aplicação da lei e órgãos do setor para ajudar a resolver esse problema", acrescentou o porta-voz.

O mercado de empréstimos digitais da Índia cresceu rapidamente e facilitou 2,2 bilhões de dólares em empréstimos digitais entre 2021 e 2022. Não está claro quanto disso é por meio de aplicativos envolvidos em práticas ilegais.

Embora o BC exija que os aplicativos de empréstimo em lojas de aplicativos sejam apoiados por entidades regulamentadas, cabe ao Google impor isso e monitorar a conformidade.

A empresa também foi instado a reduzir o crescimento desses aplicativos por meio de outros canais de distribuição, como sites e outros meios de download, de acordo com outra fonte do setor que está diretamente envolvida.

O Google também está começando a agir sobre reclamações recebidas de órgãos do setor.

"Antes, o Google não respondia a reclamações em aplicativos individuais. Agora eles são mais proativos e analisam quando uma reclamação é sinalizada para eles", disse uma das quatro fontes envolvidas no assunto.

O Ministério da Eletrônica e Tecnologia da Informação e o RBI não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

(Rreportagem adicional de Munsif Vengattil)