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Zuckerberg diz que monetização do WhatsApp impulsionará receitas antes do metaverso

Mark Zuckerberg, CEO da Meta (ex-Facebook) - Anthoyn Quintano/Wikimedia Commons
Mark Zuckerberg, CEO da Meta (ex-Facebook) Imagem: Anthoyn Quintano/Wikimedia Commons

Paresh Dave e Katie Paul

18/11/2022 13h42Atualizada em 19/11/2022 17h20

O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, disse a funcionários na quinta-feira que WhatsApp e Messenger impulsionarão a próxima onda de crescimento de receita da empresa, em um momento em que a primeira demissão em massa da companhia criou preocupações sobre a saúde financeira da controladora do Facebook e do Instagram.

Zuckerberg, abordando questões pontuais em uma reunião com toda a empresa uma semana depois que a Meta anunciou a demissão de 11 mil funcionários, disse que a dupla de apps de mensagens ainda está em fase inicial de monetização em comparação com Facebook e Instagram, de acordo com comentários ouvidos pela Reuters.

"Falamos muito sobre as oportunidades de longo prazo, como o metaverso, mas a realidade é que as mensagens comerciais provavelmente serão o próximo grande pilar de nossos negócios, à medida que trabalhamos para monetizar mais o WhatsApp e o Messenger", disse ele.

A Meta permite que alguns consumidores falem e façam transações com empresas por meio de aplicativos de bate-papo, incluindo um novo recurso anunciado quinta-feira no Brasil.

A maior despesa da Meta foi com pessoal, seguida por investimentos, a grande maioria em infraestrutura para suportar seu conjunto de aplicativos de mídia social, disse Zuckerberg. Cerca de 20% do orçamento da Meta estava indo para a Reality Labs, responsável pelas operações na área de metaverso.

Zuckerberg disse que a Reality Labs está gastando mais da metade de seu orçamento em realidade aumentada, com produtos que incluem óculos inteligentes continuando a surgir "ao longo dos próximos anos" e alguns óculos "verdadeiramente ótimos" no final da década.

Cerca de 40% do orçamento do Reality Labs foi para a realidade virtual, enquanto os 105 restantes foram gastos em plataformas sociais futuristas, como o mundo virtual chamado pela empresas de Horizon.

O diretor de tecnologia Andrew Bosworth, que dirige a Reality Labs, disse que os óculos de realidade aumentada precisam ser mais úteis do que os telefones celulares para atrair clientes em potencial.

Bosworth disse que estava preocupado em desenvolver "aplicativos industriais" para os dispositivos, descrevendo isso como "nicho", e que quer manter o foco no desenvolvimento do dispositivo voltado para um público mais amplo.