Twitter prioriza automação no lugar de humanos para conter discurso de ódio
O Twitter, de Elon Musk, está apostando alto em automação para moderar conteúdo, abrindo mão de algumas revisões manuais e favorecendo restrição à distribuição, em vez da retirada total de alguns discursos, disse à Reuters a nova chefe de confiança e segurança da empresa.
O Twitter também está restringindo de maneira mais agressiva hashtags suscetíveis a abusos e resultados de buscas em áreas como exploração infantil, independente de potenciais impactos a "usos benignos" desses termos, disse a vice-presidente de Confiança e Segurança de Produto do Twitter, Ella Irwin.
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"A maior mudança é que a equipe tem total liberdade para agir rapidamente e ser o mais agressiva possível", disse Irwin, na última quinta-feira, na primeira entrevista de um executivo do Twitter desde que Musk comprou a empresa de redes sociais no fim de outubro.
Os comentários foram feitos no momento em que pesquisadores estão relatando um crescimento de discurso de ódio no serviço da rede social, após Musk anunciar anistia para contas suspensas pela liderança anterior da empresa que não tenham quebrado a lei ou realizado "um escandaloso spam".
A empresa tem encarado questionamentos sobre sua habilidade e disposição de moderar conteúdo danoso e ilegal desde que Musk cortou metade dos funcionários do Twitter e emitiu um ultimato exigindo longas horas de trabalho que resultou na perda de mais centenas de empregados.
Irwin disse que Musk encorajou a equipe a se preocupar menos com como suas ações afetariam o crescimento de usuários ou as receitas, dizendo que a segurança da empresa é a principal prioridade. "Ele enfatiza isso todos os dias, várias vezes ao dia", disse.