Fundador da FTX quer ver acusação antes de concordar com extradição aos EUA
Por Jared Higgs e Luc Cohen e Jasper Ward
NASSAU, Bahamas/NOVA YORK (Reuters) - Um advogado de defesa de Sam Bankman-Fried, fundador da plataforma de criptomoedas FTX, disse a um juiz nas Bahamas nesta segunda-feira que o ex-bilionário quer ver a acusação contra ele antes de concordar em ser extraditado para os Estados Unidos.
A declaração veio em uma audiência em Nassau perante o juiz Shaka Serville, duas horas depois que Bankman-Fried chegou ao tribunal vestido com um terno azul escuro e carregando uma pasta contendo documentos.
Bankman-Fried inicialmente disse que lutará contra a extradição após ser preso na semana passada nas Bahamas, onde a FTX está sediada. Ele teve a fiança negada e foi encaminhado para a prisão de Fox Hill, no país caribenho.
Promotores federais em Nova York disseram que Bankman-Fried roubou bilhões de dólares em depósitos de clientes da FTX para cobrir perdas em seu fundo de hedge de criptomoedas, Alameda Research. Eles acusam Bankman-Fried de enganar clientes e investidores, lavagem de dinheiro e violação das leis de financiamento de campanha eleitoral dos Estados Unidos.
O advogado de defesa de Bankman-Fried inicialmente disse a Serville que não sabia por que seu cliente foi levado ao tribunal na manhã desta segunda-feira. Após um recesso, o advogado disse que Bankman-Fried quer ver a acusação antes de consentir com a extradição.
Mark Cohen, um advogado norte-americano que representa Bankman-Fried, não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. A Procuradoria dos Estados Unidos em Manhattan e um porta-voz de Bankman-Fried também não se manifestaram.
Bankman-Fried reconheceu falhas de gerenciamento de risco na FTX, mas disse que não acredita ter responsabilidade criminal.
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