Twitter é alvo de dezenas de reclamações legais de ex-funcionários
Por Daniel Wiessner
(Reuters) - O Twitter foi acusado nesta terça-feira por 100 ex-funcionários de várias violações legais decorrentes da aquisição da empresa por Elon Musk, incluindo demitir preferencialmente mulheres e não pagar a indenização prometida.
Shannon Liss-Riordan, advogada dos trabalhadores, disse que entrou com 100 demandas de arbitragem contra a plataforma de mídia social com reivindicações semelhantes a quatro ações coletivas pendentes no tribunal federal da Califórnia.
Todos os trabalhadores assinaram acordos para apresentar disputas legais contra a empresa em arbitragem, e não em um tribunal, disse Liss-Riordan, o que significa que provavelmente serão impedidos de participar das ações coletivas.
O Twitter demitiu cerca de 3.700 funcionários no início de novembro como uma medida de corte de custos providenciada por Musk, que pagou 44 bilhões de dólares para adquirir a plataforma de mídia social, e centenas mais se demitiram posteriormente.
As demandas de arbitragem acusam o Twitter de discriminação sexual, quebra de contrato e demissão ilegal de funcionários que estavam em licença médica ou parental.
O Twitter não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Liss-Riordan disse que seu escritório conversou com centenas de outros ex-funcionários do Twitter e pretende entrar com mais ações legais de arbitragem em nome deles.
"A conduta do Twitter desde que Musk assumiu é incrivelmente flagrante, e vamos buscar todos os caminhos para proteger os trabalhadores e extrair do Twitter a compensação que lhes é devida", disse ela.
As ações coletivas pendentes alegam que o Twitter demitiu funcionários e contratados sem o aviso prévio de 60 dias exigido por lei, demitiu desproporcionalmente mulheres e forçou a saída de trabalhadores com deficiência ao se recusar a permitir o trabalho remoto.
O Twitter também enfrenta pelo menos três reclamações apresentadas a um conselho trabalhista dos Estados Unidos que alegam que trabalhadores foram demitidos por criticar a empresa, tentar organizar uma greve e outras condutas protegidas pela lei trabalhista federal.
A empresa negou ter violado a lei que exige aviso prévio e ainda não respondeu às outras reivindicações.
(Reportagem de Daniel Wiessner em Albany, Nova York)
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