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Com risco de banimento, chefão do TikTok testemuhará no Congresso dos EUA

Presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, em entrevista do jornal norte-americano New York Times em dezembro de 2022 - Reprodução/YouTube/New York Times Events
Presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, em entrevista do jornal norte-americano New York Times em dezembro de 2022 Imagem: Reprodução/YouTube/New York Times Events

Em Bengaluru (Índia)

30/01/2023 10h54Atualizada em 30/01/2023 11h28

O presidente-executivo do TikTok, Shou Zi Chew, comparecerá ao Comitê de Energia e Comércio dos Estados Unidos em março, enquanto os legisladores avaliam o aplicativo de compartilhamento de vídeos sob receios sobre segurança nacional, disse a deputada Cathy McMorris Rodgers, nesta segunda-feira.

Chew testemunhará em 23 de março, no que será sua primeira aparição perante um comitê do Congresso dos EUA, disse McMorris Rodgers, presidente republicano do painel.

O Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados dos EUA planeja realizar uma votação no próximo mês sobre um projeto de lei que visa bloquear o uso do TikTok no país por questões de segurança nacional.

"O TikTok, de propriedade da ByteDance, permitiu conscientemente que o Partido Comunista Chinês acessasse dados de usuários americanos?", disse McMorris Rodgers, acrescentando que os norte-americanos merecem saber como essas ações afetam sua privacidade e segurança de dados.

O TikTok confirmou nesta segunda-feira que Chew testemunhará.

A rede social disse na sexta-feira que "os pedidos de proibições totais do TikTok adotam uma abordagem fragmentada para a segurança nacional e uma abordagem fragmentada para questões amplas do setor, como segurança de dados, privacidade e danos online".

Há três anos, o TikTok — que tem mais de 100 milhões de usuários nos Estados Unidos — busca garantir a Washington que os dados pessoais dos cidadãos dos EUA não podem ser acessados e seu conteúdo não pode ser manipulado pelo Partido Comunista da China ou qualquer outra pessoa sob a influência de Pequim.

O Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), um poderoso órgão de segurança nacional, ordenou em 2020 que a ByteDance vendesse o TikTok por temores de que dados de usuários dos EUA pudessem ser repassados ao governo da China.

O CFIUS e o TikTok estão em negociações há mais de dois anos com o objetivo de chegar a um acordo de segurança nacional para proteger os dados dos usuários do TikTok nos EUA.