Topo

'Partilha justa' das Big Techs deve dominar conferência em Barcelona

Visitantes na entrada da edição de 2022 do Mobile World Congress 2022; neste ano, partilha de big techs deve dominar discussões - Pau Barrena/AFP
Visitantes na entrada da edição de 2022 do Mobile World Congress 2022; neste ano, partilha de big techs deve dominar discussões Imagem: Pau Barrena/AFP

Supantha Mukherjee e Martin Coulter e Joan Faus

Em Barcelona

26/02/2023 13h31Atualizada em 27/02/2023 09h32

Uma discussão entre as grandes empresas de tecnologia, as chamadas Big Techs, e as empresas de telecomunicações da União Europeia sobre quem financiará a nova infraestrutura de rede deve dominar os debates na maior conferência de telecomunicações do mundo nesta semana.

Mais de 80.000 pessoas, incluindo executivos de tecnologia, agentes de inovação e reguladores, devem comparecer ao Mobile World Congress (MWC) neste ano em Barcelona.

Um dos líderes da indústria de telecom da UE, Thierry Breton, lançou na quinta-feira uma consulta sobre suas propostas de "partilha justa", sob as quais as plataformas de Big Tech arcariam com mais custos dos sistemas que lhes dão acesso aos consumidores.

Espera-se que representantes de empresas como Alphabet, Meta e Netflix usem a conferência como uma plataforma para contestar as propostas da UE.

Provedores de conteúdo como a Netflix, que conseguiu que seu CEO Greg Peters se encontrasse com Breton na conferência, argumentam que suas empresas já investem pesadamente em infraestrutura.

Eles dizem que pagar taxas adicionais diminuirá o investimento em produtos que beneficiam os consumidores.

Por outro lado, empresas como Deutsche Telekom, Orange, Telefonica e Telecom Italia têm atuado ativamente para que as Big Techs paguem as taxas.

(Reportagem de Supantha Mukherjee, Martin Coulter, e Joan Faus)