Dona do Tinder e startups indianas pedem investigação antitruste da taxa de cobrança no Google
Por Aditya Kalra
NOVA DÉLHI, 6 Abr (Reuters) - O Match Group, proprietário do Tinder, e startups indianas pediram ao órgão de concorrência do país para investigar o Google por alegada não conformidade com uma diretiva antitruste, cobrando uma alta taxa de serviço para pagamentos no aplicativo, mostram os documentos.
As queixas do Match e da Aliança da Fundação Digital da Índia (Adif, na sigla em inglês) marcam a mais recente disputa entre o Google e empresas rivais, que criticaram repetidamente a empresa norte-americana pelo que dizem ser restrições comerciais injustas.
"A mudança da política do Google de cobrar uma taxa de serviço mesmo em transações processadas por sistemas de pagamento terceirizados... tem consequências prejudiciais para usuários e desenvolvedores de aplicativos", afirmou a queixa confidencial de 15 páginas da Adif em março.
O Google, que se recusou a comentar, disse anteriormente que a taxa de serviço apoia investimentos na loja de aplicativos Google Play e no sistema Android, garantindo a distribuição gratuita e cobrindo ferramentas de desenvolvedor e serviços analíticos.
Adif, Match e CCI não responderam aos pedidos de comentários.
A Comissão de Concorrência da Índia (CCI) impôs uma multa de 113 milhões de dólares ao Google em outubro, e disse que a companhia deve permitir o uso de cobrança de terceiros e parar de forçar os desenvolvedores a usar seu sistema de pagamento no aplicativo que cobra comissão de 15% a 30%.
Mais tarde, o Google decidiu começar a oferecer a Cobrança de Escolha do Usuário (UCB) para permitir pagamentos alternativos ao lado do Google ao comprar conteúdo digital no aplicativo, mas a Adif disse em sua queixa que esse novo sistema impõe uma "taxa de serviço".
“Os desenvolvedores de aplicativos terão que pagar de 1% a 3% para provedores alternativos de serviços de pagamento e de 11% a 26% para o Google, o que torna todo o ecossistema insustentável”, disse a Adif.
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