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OpenAI lança 'modo de navegação anônima' no ChatGPT após receio sobre processamento de dados

Logotipo da OpenAI, desenvolvedora do chatbot ChatGPT - Florence Lo/Ilustração/Reuters
Logotipo da OpenAI, desenvolvedora do chatbot ChatGPT Imagem: Florence Lo/Ilustração/Reuters

Jeffrey Dastin e Anna Tong

Em Palo Alto e em San Francisco (EUA)

25/04/2023 18h05Atualizada em 25/04/2023 18h06

A OpenAI está introduzindo ao ChatGPT o que um diretor da empresa chamou de "modo anônimo", que não salva o histórico de conversas dos usuários nem o utiliza para melhorar sua inteligência artificial, informou a empresa nesta terça-feira.

A startup com sede em São Francisco também disse que planeja uma assinatura "ChatGPT Business" com controles adicionais de dados.

A mudança ocorre na esteira de preocupações sobre como o ChatGPT e outros chatbots inspirados nele gerenciam centenas de milhões de dados de usuários, comumente usados para melhorar ou "treinar" a IA.

A Itália proibiu no mês passado o ChatGPT por possíveis violações de privacidade, dizendo que a OpenAI poderia retomar o serviço caso atendesse a demandas como oferecer aos consumidores ferramentas para se opor ao processamento de seus dados. França e Espanha também começaram a sondar o serviço.

Mira Murati, diretora de tecnologia da OpenAI, disse à Reuters que a empresa está em conformidade com a lei europeia de privacidade e trabalhando para fornecer as garantias necessárias aos reguladores.

Os novos recursos não surgiram da proibição do ChatGPT na Itália, disse ela, mas de um esforço de meses para colocar os usuários "no banco do motorista" em relação à coleta de dados.

"Vamos caminhar cada vez mais nessa direção de priorizar a privacidade do usuário", disse Murati.

O lançamento do novo modo nesta terça-feira permite que os usuários desativem o "histórico e treinamento do bate-papo" em suas configurações e exportem seus dados.

Nicholas Turley, diretor de produto da OpenAI que comparou isso ao modo anônimo de um navegador de internet, disse que a empresa ainda manterá as conversas por 30 dias para monitorar abusos antes de excluí-las permanentemente.