Chefe da Nasa vê russos e americanos juntos na estação espacial até 2030
O administrador da Nasa, Bill Nelson, condenou nesta terça-feira a invasão da Ucrânia pelo presidente russo, Vladimir Putin, mas disse em Ottawa que espera que russos e norte-americanos trabalhem juntos na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) até que ela seja desativada.
A cooperação espacial entre EUA e Rússia foi colocada em dúvida após a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.
Yuri Borisov, diretor-geral da agência espacial russa Roscosmos, surpreendeu a Nasa ao anunciar em julho de 2022 que Moscou pretendia se retirar da parceria da estação espacial "após 2024". Um dia depois, a Nasa disse à Roscosmos que queria continuar a parceria.
Nelson, que estava em Ottawa para ajudar a apresentar a missão espacial Artemis II, que inclui um astronauta canadense, destacou a história da colaboração dos EUA e da União Soviética no espaço durante a Guerra Fria e disse que espera que ela continue em meio à guerra na Ucrânia.
"Estamos totalmente em desacordo com a agressão do presidente Putin", que está "massacrando pessoas e invadindo um país autônomo e soberano", disse Nelson à Reuters em entrevista em Ottawa.
Mas a colaboração a bordo da ISS "continua de maneira muito profissional entre astronautas e cosmonautas sem problemas. E espero que continue até o final da década, quando então tiraremos de órbita a estação espacial".
A Nasa estimou que começará a tirar a ISS de órbita em janeiro de 2031.
Lançada em 1998, a ISS tem sido continuamente ocupada desde novembro de 2000 sob uma parceria liderada por Estados Unidos e Rússia, que também inclui Canadá, Japão e 11 países europeus.
(Reportagem de Steve Scherer)
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