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Explosão da IA triplica valor da Lightmatter, startup que usa luz para computação

31/05/2023 12h31

Por Jane Lanhee Lee

OAKLAND, Califórnia, 31 Mai (Reuters) - A Lightmatter, startup que usa luz para computação de inteligência artificial, informou nesta quarta-feira que levantou 154 milhões de dólares e triplicou sua avaliação, à medida que clientes que precisam de sistemas mais rápidos e eficiente em termos de energia para o trabalho da tecnologia estão comprando seus sistemas.

“Usamos luz para conectar chips de computador e também para fazer cálculos para aprendizado profundo”, disse o cofundador e presidente-executivo da empresa, Nick Harris. "A razão pela qual estamos obtendo esses clientes e implantações em escala de data center com nossa interconexão é que a explosão de IA generativa está impulsionando chips de ponta como loucos".

A luz é usada há décadas no setor de telecomunicações para mover dados em todo o mundo com cabos de fibra óptica. Agora, grandes empresas de tecnologia estão procurando usar tecnologia baseada em luz em seus data centers para reduzir os custos de energia. O desafio tem sido diminuir o tamanho dos dispositivos usados para criar ou controlar a luz.

À medida que os chips se tornam mais avançados, eles consomem mais energia. “Pode ser até metade de todo o custo operacional de um data center apenas fornecendo energia para os chips”, disse Harris, acrescentando que a luz transmite informações com muito mais eficiência energética do que os sinais elétricos que viajam pelos fios.

Harris disse que o chip chamado Passage, que conecta outros chips convertendo elétrons em fótons e vice-versa, será produzido em massa e usado em data centers no ano que vem. Uma grande parte do financiamento ajudará a lançar este produto.

O produto mais futurista da empresa, o Envise, é um sistema que usa luz, em vez de elétrons, para fazer computação. Harris disse que o equipamentto será capaz de executar grandes modelos de inteligência artificial, mas não os treinará, e clientes testarão o sistema este ano.

A GV (Google Ventures), braço de investimento de capital de risco da Alphabet, e Fidelity Management & Research Company estavam entre os investidores que participaram desta última rodada, disse a empresa.