Executivo da Microsoft diz que acordos do Google com empresas mantiveram Bing em escala menor
WASHINGTON - Um executivo da Microsoft disse nesta quinta-feira em depoimento que a Apple e outros fabricantes de smartphones recusaram acordos de compartilhamento de receita que poderiam ajudar o mecanismo de busca Bing de sua empresa, mantendo o Google em posição dominante nesses dispositivos como mecanismo de busca padrão.
Jonathan Tinter, vice-presidente da Microsoft cujo trabalho tem sido ajudar o crescimento do Bing, testemunhou no julgamento do caso antitruste do Departamento de Justiça dos Estados Unidos contra o Google, da Alphabet.
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O Departamento acusa o Google de pagar 10 bilhões de dólares anualmente a empresas de telecomunicações e fabricantes de smartphones para garantir que a pesquisa do Google seja a padrão em seus dispositivos. O governo argumenta que o Google abusou de seu monopólio na pesquisa e em alguns aspectos da publicidade.
Tinter disse que o Bing teve dificuldades para obter o status de padrão nos smartphones vendidos nos Estados Unidos, e que essa escala menor se traduziu em uma pesquisa de qualidade inferior.
Sob interrogatório do Departamento de Justiça, Tinter testemunhou que o Bing não era o padrão instalado em nenhum smartphone Android ou Apple vendido nos Estados Unidos na última década, embora a Microsoft às vezes se oferecesse para dar mais de 100% da receita -- ou mais -- ao seu parceiro.
"Éramos grandes o suficiente para jogar, mas não grandes o suficiente para vencer", disse Tinter.
(Reportagem de Diane Bartz)