Elon Musk e premiê britânico conversam sobre China, robôs assassinos e o sentido da vida

Por Alistair Smout

LONDRES (Reuters) - O bilionário Elon Musk saudou o engajamento da China na segurança da inteligência artificial e disse que gostaria de ver Pequim alinhada com o  Reino Unido e os Estados Unidos sobre o assunto. Ele fez os comentários durante uma conversa em Londres nesta quinta-feira ao lado do primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak.

Musk apoiou a inclusão da China na primeira Cúpula de Segurança de IA, realizada em Bletchley Park, na Inglaterra, que reuniu as principais empresas e nações para um acordo sobre as etapas iniciais de como gerenciar os riscos dos modelos de IA de ponta.

"Se os Estados Unidos, o Reino Unido e a China estiverem alinhados em relação à segurança, isso será bom, porque é onde a liderança geralmente está", disse ele.

Musk, que em maio recebeu um tratamento semelhante ao da realeza durante uma visita à China, saudou o fato de Pequim ter participado das conversas sobre segurança de IA no evento.

"Acho que tê-los aqui foi realmente essencial. Se eles não participarem, é inútil."

Sunak entrevistou Musk - homenageado no Reino Unido como convidado principal na cúpula de dois dias - em um pequeno palco em uma sala dourada na Lancaster House de Londres, um dos locais mais opulentos do governo britânico, que é frequentemente usado para funções diplomáticas.

Sunak, um autoconfesso nerd da tecnologia, disse que se sentiu "privilegiado e animado" por receber Musk e aproveitou a ocasião para fazer uma proposta de investimento não tão sutil, quando o fundador da Tesla e da SpaceX disse que as empresas iniciantes precisavam de altas recompensas para assumir riscos no setor.

"Temos um sistema tributário que apoia isso", disse Sunak.

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GÊNIO MÁGICO

A discussão eclética ocorreu diante de um público convidado de dezenas de outros líderes empresariais, o evento final de uma cúpula de dois dias vista como um grande passo à frente no aproveitamento seguro da IA.

Musk e Sunak concordaram com a possível necessidade de "desligamentos" físicos para evitar que os robôs fiquem fora de controle de forma perigosa, fazendo referência à franquia de filmes "O Exterminador do Futuro" e a outros filmes de ficção científica.

"Todos esses filmes com o mesmo enredo terminam, fundamentalmente, com a pessoa desligando o robô", disse Sunak, acrescentando que a importância de interruptores físicos de desligamento fez parte das discussões na reunião de cúpula no início do dia.

Musk disse a Sunak que achava que a IA era "a força mais perturbadora da história", especulando que a tecnologia seria capaz de "fazer tudo" e tornar o emprego como o conhecemos hoje uma coisa do passado.

"Não sei se isso deixa as pessoas confortáveis ou desconfortáveis", disse ele.

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"É bom e ruim ao mesmo tempo. Um dos desafios do futuro será: como encontrar sentido na vida se você tem um gênio mágico que pode fazer tudo o que você quiser?"

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