CEO da unidade de táxi-robô da GM pede demissão em meio à revisão de segurança nos EUA

Sua decisão ocorre após semanas de turbulência na unidade, que teve que retirar todos os seus veículos dos testes nos Estados Unidos para realizar uma revisão de segurança após um acidente em 2 de outubro que terminou com um dos táxis autônomos da Cruise arrastando um pedestre.

Uma fonte familiarizada com as circunstâncias da demissão de Vogt disse que Vogt havia informado o conselho de sua decisão de sair no domingo, depois de pedir desculpas à equipe pelos problemas da empresa em um email no sábado.

"Como CEO, eu assumo a responsabilidade pela situação em que a Cruise se encontra hoje. Não há desculpas e não há como amenizar o que aconteceu. Precisamos redobrar o foco na segurança, na transparência e no envolvimento da comunidade", escreveu ele no email, noticiado exclusivamente pela Reuters.

Os problemas da Cruise também são um revés para um setor que depende da confiança do público e da cooperação dos órgãos reguladores. Nos últimos meses, a unidade divulgou planos ambiciosos de expansão para mais cidades, oferecendo viagens de táxi totalmente autônomas.

A demissão de Vogt ocorreu depois que a GM e o conselho da Cruise aumentaram o escrutínio de sua liderança.

O conselho da Cruise se reuniu em 13 de novembro e, no dia seguinte, nomeou o conselheiro geral da GM Craig Glidden como diretor administrativo da Cruise. O conselho também disse que contrataria um especialista em segurança terceirizado para avaliar as operações e a cultura de segurança.

A presidente-executiva da GM, Mary Barra, disse em um email aos funcionários visto pela Reuters que Glidden atuará como copresidente da Cruise com Mo Elshenawy, que também se tornará diretor de tecnologia.

"Continuamos a acreditar firmemente na missão da Cruise e no potencial de sua tecnologia transformadora, à medida que procuramos tornar o transporte mais seguro, mais limpo e mais acessível", afirmou ela.