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Órgão de supervisão da Meta diz que vídeos do conflito Israel-Hamas não deveriam ter sido removidos

19/12/2023 12h00

Por Sheila Dang

(Reuters) - O Conselho de Supervisão da Meta disse nesta terça-feira que a empresa cometeu um erro ao remover dois vídeos que mostravam reféns e pessoas feridas no conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, dizendo que os vídeos eram valiosos para a compreensão do sofrimento humano na guerra.

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Desde o ataque do Hamas em Israel, em 7 de outubro, as plataformas de rede social têm passado por um novo escrutínio sobre suas práticas de moderação de conteúdo devido a um aumento na desinformação e acusações de que as empresas têm promovido determinados pontos de vista sobre o conflito.

Os vídeos sobre o conflito são a primeira vez que o Conselho de Supervisão, um órgão independente que analisa as decisões de conteúdo no Facebook e no Instagram, examinou os casos em uma base acelerada. O conselho anunciou o processo de revisão mais rápido neste ano para responder mais rapidamente a eventos urgentes.

Um dos casos dizia respeito a um vídeo publicado no Instagram, que mostrava as consequências de um ataque aéreo perto do hospital Al Shifa em Gaza, incluindo crianças que pareciam feridas ou mortas.

O segundo caso envolveu um vídeo do ataque de 7 de outubro, que mostrava uma mulher israelense implorando aos sequestradores que não a matassem enquanto ela era tomada como refém.

Em ambos os casos, depois que o Conselho de Supervisão selecionou as remoções de conteúdo para análise, a Meta reverteu sua decisão e restaurou os vídeos com uma tela que avisava os espectadores antes de assisti-los, informou o órgão.

O conselho disse que aprovou a medida de restaurar o conteúdo, mas discordou da decisão da Meta de restringir a recomendação dos vídeos aos usuários e, em um comunicado, pediu à empresa que "responda mais rapidamente às mudanças nas circunstâncias locais, que afetam o equilíbrio entre os valores de voz e segurança".

Um porta-voz da Meta disse que a empresa acolheu as decisões do conselho, acrescentando que nenhuma outra medida seria tomada em relação aos casos, uma vez que o conselho não fez nenhuma recomendação de política.

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