Controlador do Pornhub faz acordo com promotores dos EUA em caso sobre tráfico sexual

Por Luc Cohen

NOVA YORK (Reuters) - A empresa proprietária e operadora de sites de pornografia, incluindo o Pornhub.com, a canadense Aylo Holdings, chegou a um acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos sobre seus vínculos com uma suposta operação de tráfico sexual, segundo registros judiciais.

Os promotores federais dizem que os sites da Aylo hospedavam conteúdo dos sites pornográficos GirlsDoPorn.com (GDP) e GirlsDoToys.com (GDT), cujos criadores e operadores foram acusados na Califórnia em 2019 de enganar e coagir mulheres jovens a aparecerem em vídeos de sexo. Vários deles foram condenados.

A Aylo - cujas marcas também incluem YouPorn e Brazzers - sabia que os lucros obtidos com esses sites eram provenientes de atividades ilegais, disseram os promotores.

"A Aylo lamenta profundamente que suas plataformas tenham hospedado qualquer conteúdo produzido pela GDP/GDT", disse a empresa em uma declaração publicada em seu site, acrescentando que faria uma quantia não especificada de "pagamentos monetários" às vítimas.

A empresa acrescentou que a GDP lhe forneceu supostos formulários de consentimento assinados por mulheres nos vídeos que, agora, ela entende que foram resultado de "fraude e coerção".

Segundo o acordo, os promotores, após três anos, retirarão a indiciamento criminal contra a Aylo desde que a empresa aprimore seus protocolos de conformidade. A Aylo também terá um monitor de conformidade independente durante esse período.

Centenas de pessoas foram identificadas como vítimas do tráfico sexual da GDP, disseram os promotores.

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