EUA pressionam aliados a restringir ainda mais fornecimento de ferramentas de chips para China
Por Karen Freifeld
(Reuters) - Uma autoridade dos Estados Unidos está indo para o Japão após se reunir com o governo da Holanda a fim de tentar pressionar os aliados a restringir ainda mais a capacidade da China de produzir semicondutores de ponta, disse uma pessoa familiarizada com o assunto à Reuters na terça-feira.
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Alan Estevez, chefe de política de exportação dos EUA, está tentando ampliar um acordo de 2023 entre os três países para restringir o envio de equipamentos de fabricação de chips à China que poderiam ajudar a modernizar suas Forças Armadas.
Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, disse que o país se opõe ao fato de os EUA entrarem em confronto e "coagirem outros países e reprimirem o setor de semicondutores da China".
"Esse comportamento tem prejudicado seriamente o desenvolvimento da indústria global de semicondutores", disse Lin em uma coletiva de imprensa em Pequim.
Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Holanda confirmou que uma reunião foi realizada na Holanda na segunda-feira.
O Ministério da Indústria do Japão disse que tem vários intercâmbios com os EUA, mas não quis comentar sobre interações diplomáticas.
Os EUA impuseram restrições pela primeira vez em 2022 sobre as remessas de chips avançados e equipamentos de fabricação de chips para a China de empresas como a Nvidia e a Lam Research.
Em julho do ano passado, para se alinhar com a política dos EUA, o Japão restringiu as exportações de 23 tipos de equipamentos. Em seguida, o governo holandês começou a regulamentar os equipamentos de semicondutores para a China, e os EUA impuseram restrições adicionais para algumas fábricas chinesas.
Washington está conversando com aliados sobre a inclusão de mais 11 fábricas de chips chinesas em uma lista restrita, disse a fonte. Atualmente, há cinco fábricas na lista. Os EUA também dizem que querem controlar outros equipamentos de fabricação de chips.
Um porta-voz do Departamento de Comércio dos EUA não quis comentar.