Intel está no caminho para alcançar US$1 bi em vendas de softwares até o final de 2027, diz executivo

Por Fanny Potkin

CINGAPURA (Reuters) - A investida da Intel no segmento de softwares está indo bem e a empresa poderá ter uma receita acumulada nesse segmento de 1 bilhão de dólares até o final de 2027, disse o diretor de tecnologia da companhia, Greg Lavender.

A Intel faturou mais de 100 milhões de dólares em receitas de software em 2021, ano em que Lavender foi contratado da empresa de computação em nuvem VMware pelo presidente-executivo da Intel, Pat Gelsinger, para orientar a estratégia de software da fabricante de chips. Desde então, a Intel comprou três empresas de software.

"Tenho a meta de chegar a 1 bilhão de dólares em receita de software e assinaturas de nuvem para desenvolvedores", disse ele à Reuters. "Acho que estou no caminho certo para atingir essa meta até o final de 2027...talvez antes."

A Intel, que gerou receitas de 54 bilhões de dólares em 2023, oferece uma gama de serviços e ferramentas de software, que vão desde computação em nuvem até inteligência artificial.

Lavender disse que sua estratégia é focar na prestação de serviços em inteligência artificial (IA), desempenho e segurança; e que a empresa tem investido nas três áreas.

Separadamente, ele disse que a Intel está vendo "muita demanda" por seu próximo chip Gaudi 3, que ele acredita que pode ajudar a empresa a ocupar o segundo lugar no mercado de chips de IA.

Os processadores de IA da Intel e da Advanced Micro Devices até agora não fizeram muito progresso para diminuir o domínio da líder de mercado Nvidia, que controlava cerca de 83% do mercado de chips para data centers em 2023.

Lavender disse que a Intel está apoiando iniciativas de código aberto que buscam construir softwares e ferramentas que serão capazes de alimentar uma ampla gama de chips de IA e espera mais avanços nos próximos meses.

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Parte do sucesso da Nvidia está ligada ao seu software CUDA, que mantém os desenvolvedores vinculados aos chips da Nvidia. O regulador antitruste da França deve acusar a Nvidia por suspeita de comportamento anticompetitivo, disseram fontes. O órgão fiscalizador expressou preocupações sobre a dependência do setor de IA generativa do CUDA.

A Intel faz parte da Fundação UXL, um consórcio de empresas de tecnologia que desenvolve um projeto de código aberto que visa fazer o código de computador rodar em qualquer máquina, independentemente do chip e do hardware que o alimenta.

Outros membros incluem Qualcomm , Samsung Electronics e Arm Holdings.

Lavender acrescentou que a Intel está contribuindo para o Triton, uma iniciativa liderada pela OpenAI para construir uma linguagem de programação de código aberto projetada para melhorar a eficiência do código em chips de IA. A AMD e a Meta também apoiam o projeto.

O Triton já está rodando nas unidades de processamento gráfico existentes da Intel e trabalhará na próxima geração de chips de IA da empresa. “O Triton vai nivelar o campo de jogo”, disse o executivo.

(Por Fanny Potkin em Cingapura, com reportagem adicional de Max Cherney em San Francisco)

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