Com estúdios internos, grandes produtores de videogames devem sofrer pouco durante greve

Por Zaheer Kachwala

(Reuters) - As grandes produtoras de videogames, incluindo a Electronic Arts e a Take-Two, provavelmente evitarão um grande impacto da greve dos dubladores e dos artistas de captura de movimentos uma vez que possuem seus próprios estúdios internos e devido aos longos ciclos de desenvolvimento de jogos, disseram analistas.

A greve ocorre em um momento crucial para o setor de videogames, pois a demanda continua fraca após um salto impulsionado pela pandemia, com as pessoas agora gastando menos horas em jogos e aderindo principalmente aos grandes títulos.

Mas a expectativa é de que a paralisação tenha pouco impacto, pois trabalhadores representam uma pequena parte do processo e do orçamento de desenvolvimento de videogames.

"Quando você pensa nas grandes distribuidoras, elas passam de três a dez anos trabalhando em seus títulos maiores. Se algo for lançado nos próximos trimestres, terá sido algo cuja produção foi iniciada há vários anos", disse Nick McKay, analista da Wedbush Securities.

Isso significa que o tão aguardado título "Grand Theft Auto VI", da Take-Two Interactive Software, -- previsto para ser lançado no outono norte-americano de 2025 -- provavelmente não será afetado pela greve que os trabalhadores representados pelo sindicato SAG-AFTRA convocaram na quinta-feira.

A greve foi um sintoma das demissões em massa generalizadas e das paralisações de estúdios que atingiram o setor, acrescentou ele.

"Se o problema não for resolvido até o início de setembro, posso ver que ele se estenderá pelo resto do ano e pela temporada de feriados de fim de ano", disse Joost Van Dreunen, professor da Stern School of Business da NYU. "Isso será muito mais dramático para as distribuidoras."

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