Anthropic pede que tribunal rejeite queixas de gravadoras de música sobre IA
Por Blake Brittain
(Reuters) - A Anthropic, empresa de inteligência artificial, pediu a um tribunal federal do Estado norte-americano da Califórnia que rejeite algumas reivindicações de direitos autorais apresentadas por um grupo de gravadoras sobre uso indevido de letras de músicas no treinamento do chatbot Claude.
A Anthropic disse que o tribunal deve rejeitar as alegações de que a empresa induziu os usuários do Claude a infringirem seus direitos autorais ou cometeu outras violações relacionadas a direitos autorais.
A empresa não abordou a alegação principal das gravadoras - Universal Music Group, ABKCO e Concord Music Group - de que o uso de suas letras para treinar a IA viola seus direitos ou a defesa principal de que esse treinamento faz uso justo do trabalho protegido por direitos autorais.
"A última moção da Anthropic é completamente sem mérito e é mais um exemplo de uma empresa de IA que procura evitar assumir a responsabilidade por sua violação maciça de direitos autorais", disse o advogado das editoras, Matt Oppenheim, nesta sexta-feira.
Em resposta a um pedido de comentário, a Anthropic apontou para parte de sua moção em que disse que está buscando "eliminar" as teorias jurídicas secundárias das gravadoras, que a empresa chamou de "implausíveis" no processo.
Proprietários de direitos autorais, incluindo autores, artistas visuais e o New York Times, processaram empresas de tecnologia, como a OpenAI e a Meta, pelo uso de seus conteúdos em treinamentos de sistemas de IA generativos.
O processo das gravadoras, aberto em outubro passado, parece ser o primeiro sobre letras de músicas e o primeiro contra a Anthropic, que tem entre os investidores Google, Amazon e o ex-magnata das criptomoedas Sam Bankman-Fried.
A reclamação acusa a Anthropic de violar os direitos autorais das gravadoras sobre letras de pelo menos 500 músicas de artistas como Beyoncé, Rolling Stones e Beach Boys. As gravadoras afirmam que as letras fazem parte das "enormes quantidades de texto" que a Anthropic extrai da Internet para treinar o Claude para que ele possa responder a solicitações humanas.
As gravadoras também pedem que o tribunal conceda liminar que interrompa o uso das letras pela Anthropic.
"A reclamação não identifica um único caso em que um usuário terceirizado do Claude tenha gerado com sucesso uma cópia não autorizada de qualquer um dos trabalhos das gravadoras", disse a Anthropic.
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