Órgão regulador da UE multa Meta em 91 milhões de euros por armazenamento indevido de senhas
DUBLIN (Reuters) - O principal órgão regulador de privacidade da União Europeia multou a Meta em 91 milhões de euros nesta sexta-feira por armazenar de forma indevida as senhas de alguns usuários sem proteção ou criptografia.
O inquérito foi aberto há cinco anos, depois que a Meta notificou a Comissão de Proteção de Dados da Irlanda (DPC, na sigla em inglês) de que havia armazenado algumas senhas em "texto simples". Na época, a empresa reconheceu publicamente o incidente e a comissão disse que as senhas não foram disponibilizadas para terceiros.
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"É amplamente aceito que as senhas de usuários não devem ser armazenadas em texto simples, considerando os riscos de abuso que surgem de pessoas que acessam esses dados", disse o vice-comissário irlandês da DPC, Graham Doyle, em um comunicado.
Um porta-voz da Meta disse que a empresa tomou medidas imediatas para corrigir o erro depois de identificá-lo durante uma revisão de segurança em 2019, e que não há evidências de que as senhas foram abusadas ou acessadas indevidamente.
A Meta se envolveu de forma construtiva com a comissão durante toda a investigação, acrescentou o porta-voz em um comunicado nesta sexta-feira.
A DPC é o principal órgão regulador da UE para a maioria das principais empresas de tecnologia norte-americanas, devido à localização de suas operações europeias na Irlanda.
Até o momento, a Meta foi multada em um total de 2,5 bilhões de euros por violações, de acordo com o Regulamento Geral de Proteção de Dados do bloco, introduzido em 2018, incluindo uma multa recorde de 1,2 bilhão de euros em 2023, da qual a empresa está recorrendo.
(Por Padraic Halpin)