Julgamento sobre monopólio do Google não será adiado por chegada de equipe de Trump, diz juiz
O julgamento sobre a proposta do Departamento de Justiça dos EUA para diminuir o domínio do Google nas buscas online não vai ser atrasado para dar aos funcionários do governo Trump mais tempo para revisar o pedido, disse o juiz responsável pelo caso nesta terça-feira.
O Departamento de Justiça (DOJ) propôs forçar o Google, da Alphabet's, a vender seu navegador Chrome e potencialmente o sistema operacional móvel Android para eliminar pontos de distribuição da busca do Google. O presidente eleito Donald Trump expressou ceticismo sobre o desmembramento do Google em outubro.
O juiz distrital em Washington Amit Mehta disse que não adiaria o julgamento, agendado para abril, caso os funcionários do DOJ nomeados por Trump tenham a intenção de revisar as propostas.
"Se houver uma reavaliação dos remédios que estão sendo solicitados, ela precisa ser feita rapidamente", disse o juiz em uma audiência.
O DOJ processou o Google em 2020, durante o primeiro mandato de Trump. Mehta decidiu em agosto que o Google detém um monopólio ilegal em busca online e publicidade relacionada.
O DOJ sob o presidente Joe Biden propôs não apenas fazer o Google vender o navegador da web mais utilizado no mundo, mas também compartilhar dados e resultados de pesquisa com concorrentes. A ampla proposta também busca proibir o Google de comprar ou investir em rivais de busca, produtos de inteligência artificial baseados em consultas ou tecnologia de publicidade.
O Google classificou as propostas como "chocantes" e disse que elas prejudicariam a competitividade norte-americana.
Espera-se que a forma como a inteligência artificial afeta o cenário da busca online seja um tema fundamental no julgamento. Os promotores disseram que planejam convocar testemunhas da OpenAI, criadora do ChatGPT, da startup de inteligência artificial Perplexity, da Microsoft e da Meta Platforms.
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