A questão que fica para quem resolver substituir sua banda larga pelo sinal do ar do 5G é: dá para confiar que seja veloz, estável e com latência igual ou melhor do que a que temos nos cabos? A resposta é que sim, caso a infraestrutura seja adequada.
Para que o usuário tenha uma boa experiência, é preciso que várias antenas existam atendendo a diferentes públicos e não ocorra congestionamento de dados - como ocorre com o 4G atualmente nas principais cidades do Brasil, por exemplo. No entanto, apesar de o 5G prometer velocidades altíssimas, a conexão por fibra continuará sendo mais veloz.
Para você ter uma ideia, o 5G promete velocidade de 1 a 20 Gigabits por segundo, enquanto a fibra ótica é capaz de chegar a 255 Terabits por segundo (em pesquisas científicas, nos cabos submarinos a velocidade já chega aos Terabits por segundo). Mas a velocidade doméstica no Brasil hoje atinge no máximo centenas de Megabits por segundo.
"Conexões sem fio ou fixas podem ser instáveis ou estáveis. Depende das tecnologias usadas e o modo que o operador distribui. Por exemplo, conexões DSL são muito dependentes da qualidade da linha de cobre de telefone que foi originalmente feita só para telefone há muitas décadas. Para a rede sem fio, a frequência usada e o tipo de conexão para a estação da base móvel afetam a confiança", aponta Ian Fogg. As estações com fibras, como serão as do 5G, garantem uma boa qualidade da conexão.
Pesa a favor da nova tecnologia, também, sua latência (a velocidade em que uma informação acessa o servidor e volta), que cairá para a casa dos milissegundos. Com uma maior transmissão de dados e menor latência, o 5G será muito útil a quem joga games online - por isso operadoras podem oferecer pacotes desse serviço no lugar da internet física.