Você pode não ter notado, mas o YouTube fatura alto com a atenção das crianças. Tudo faz parte de uma engrenagem: os pequenos assistem a vídeos altamente cativantes feitos por youtubers (sem lá muito controle do Google), isso alimenta os algoritmos da plataforma, que capta as preferências e manda mais e mais sugestões de vídeos sedutores. Entre um e outro, estão as propagandas. Quanto mais as crianças ficam vidradas na telinha, mais pinga na conta da empresa e dos criadores.
Só há um probleminha nesse arranjo. Pais ou responsáveis não consentiram que os dados de suas crianças alimentassem este arranjo financeiro. Isso inclusive viola orientações da ONU e uma lei nos Estados Unidos protege crianças e adolescentes. As autoridades finalmente perceberam isso, e o YouTube vendo sendo pressionado como nunca ocorreu em seus 15 anos de vida.
Tilt ouviu os vários personagens dessa história e todos alertam que a mudança, ainda que bem-vinda, deixará sérias marcas na plataforma —além de forçar o Google fazer remendos e não atacar alguns problemas graves.