Ele faz live e adora um emoji, principalmente o da bandeira do Brasil. Publica vídeo de folião com dedo no ânus e levando um jato de urina. Comenta boas ações de seu trabalho, como a economia de gastos públicos. Pergunta sobre fetiches. Sensibiliza-se com tragédias nacionais. Debate com quem discorda dele. Compartilha os feitos de subordinados. Toma decisões via áudio do WhatsApp. Espalha teorias da conspiração sobre golpes de Estado.
Poderia ser qualquer internauta, mas a atividade descrita acima é a de um usuário bastante importante da rede: Jair Bolsonaro, presidente da República e representante de mais de 208,4 milhões de pessoas.
Algumas de suas últimas postagens chocaram os brasileiros. O UOL Tecnologia conversou com analistas para saber: pode misturar as coisas? E a resposta foi: apesar de esse comportamento aproximá-lo de parte da população, o que pode ser positivo, há sérios riscos às instituições democráticas, às pessoas que não se alinham com seu discurso e até à própria capacidade de ele governar.