É fogo, viu?

Saiba como funciona o extintor de incêndio - e o tipo certo para cada situação

RODRIGO LARA COLABORAÇÃO PARA TILT, EM SÃO PAULO

Eles estão tão presentes no nosso dia a dia que às vezes passam despercebidos. Mas basta dar uma olhada nas paredes de um prédio, debaixo do banco do carro ou, ainda, em estabelecimentos como supermercados: lá está o extintor de incêndio.

Esse item de segurança pode ser fundamental para evitar que um pequeno incêndio acabe se tornando um problema de grandes proporções.

É o tipo de coisa que a gente espera nunca precisar usar - mas, se tiver de usar, vai ser melhor se você já entender como ele funciona.

Por exemplo: tem muita gente que acredita que ele contém apenas água pressurizada. Não é verdade. Cada extintor tem uma substância adequada para um tipo específico de incêndio. Ou seja, se você usar o errado, pode não surtir efeito ou até piorar a situação.

Saiba mais a seguir.

Como funcionam os extintores de incêndio?

Os extintores têm dois princípios básicos de funcionamento.

Os de abafamento isolam o material combustível da fonte comburente, que normalmente é o oxigênio do ar. Já os de resfriamento absorvem o calor produzido na combustão. Em alguns modelos, no entanto, esses dois princípios acabam combinados.

Externamente, o extintor é um cilindro de metal, resistente o suficiente para suportar a pressão interna.

Há um segundo cilindro na parte de dentro, preenchido com um gás pressurizado. Esse gás geralmente é nitrogênio, justamente por ele ser inerte e não queimar.

Quando você aperta o gatilho do extintor, ele move uma alavanca que pressiona uma haste pontiaguda até ela furar esse cilindro interno.

Então, o gás pressurizado "vaza" para o cilindro externo, que contém a substância responsável por combater o incêndio. Ele continua se expandindo rapidamente, até pressionar essa substância a sair com força pela mangueira.

Geralmente, os extintores têm conteúdo para serem usados por cerca de 60 segundos. Portanto, são indicados apenas para incêndios de pequeno porte.

Dúvidas comuns

  • Quais são os tipos de extintores e para que eles servem?

    Geralmente, eles são classificados em cinco tipos, de acordo com o seu conteúdo e função: água, gás carbônico, pó químico BC, pó químico ABC e espuma mecânica. O pó químico pode ser bicarbonato de sódio ou de potássio. Ao serem queimadas, essas substâncias formam vapor de água, o que ajuda a controlar o incêndio. Já a espuma mecânica é composta por um detergente concentrado que se mistura com a água e serve para abafar o incêndio. De acordo com o material sendo queimado, é preciso utilizar um extintor específico, designado por uma letra. Confira: Classe A: para papel, madeira, borracha e plásticos Classe B: para líquidos inflamáveis, como solventes derivados de petróleo Classe C: para equipamentos elétricos energizados Classe D: para metais pirofóricos, como alumínio em pó Classe K: para óleos e gorduras

  • Esse método de funcionamento vale para todos os tipos de extintores?

    Sim. A maior diferença é com extintores que utilizam gás carbônico. Neste caso, não há o indicador de pressão (manômetro), já que eles mantêm sua pressão constante durante a operação. Isso ocorre porque, em seu interior, há apenas dióxido de carbono, mas em dois estados diferentes: líquido e gasoso.

  • O que acontece se for usado o tipo errado para apagar um incêndio?

    Resumidamente, você pode espalhar o incêndio ou causar acidentes graves. Se você usar o extintor de água para controlar um incêndio de líquido inflamável, por exemplo, ela irá apenas dispersar a substância pegando fogo, piorando a situação. Água também não deve ser usada contra incêndios em sistemas elétricos energizados, justamente por ser capaz de transmitir corrente elétrica.

  • Eles têm prazo de validade? E há risco de explosão?

    O ideal é que extintores sejam inspecionados a cada 12 meses, já que eles podem perder pressão e, com isso, não funcionarem corretamente quando mais se precisa deles. Sobre explosões, normalmente não há risco, a não ser que tenha acontecido algum erro na fabricação; que ele tenha sofrido um impacto contundente no passado; ou que seu gatilho seja forçado antes de tirarem a trava de segurança.

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