Débora caminha com um ar pesado até a esquina. Olha rapidamente para o celular, entra no carro. São pouco mais de 17h, e as ruas começam a ficar abarrotadas de gente e de veículos por todos os lados. Ainda que pareça estranho, um único olhar pelo retrovisor foi suficiente para um ligeiro alívio se espalhar ali dentro do carro. Não sei qual é a sua crença, mas sabe aquilo de "o santo bateu?". Os nossos, pelo visto, ficaram melhores amigos por 2h14 de viagem.
- Bruna?
- Débora? Boa tarde. Fique à vontade. Me confirma o endereço que você deseja ir? Prefere que eu siga o GPS?
- É esse mesmo, obrigada (tosse). Pode seguir o GPS, porque não sei chegar lá daqui, por favor (tosse).
- Quer que o ar-condicionado fique ligado ou desligado?
- Por enquanto está bom aqui (Tosse, tosse e mais tosse).
- Ok. Se mudar de ideia, eu desligo...
Esse diálogo protocolar logo virou um bate-papo divertido e cheio de surpresas sobre as coincidências da vida. Débora foi de longe a melhor passageira durante a minha experiência como motorista de aplicativos de transporte por um dia.
Conto agora os detalhes de todo o processo, as curiosidades e a saga para começar a dirigir. Convido você a sentar no banco do carona e curtir essa viagem comigo. Não se esqueça do cinto de segurança.