Quanto mais o WhatsApp cresce, mais ele precisa mostrar como pretende ganhar dinheiro com toda essa popularidade, sem abrir mão de seus maiores trunfos.
Com o adeus dos fundadores, o WhatsApp ficou sob comando de Chris Daniels, funcionário de longa data do Facebook que cuidava da iniciativa Internet.org. A gestão dele, no entanto, foi pouco marcante e tem divergido dos princípios que Koum e Acton mantinham. Em 2018, Daniels confirmou, por exemplo, que anúncios chegarão ao WhatsApp, começando pelo Status.
Quem curte o app pela privacidade também tem com o que se preocupar. Mark Zuckerberg anunciou planos para uma integração entre as plataformas WhatsApp, Instagram e Messenger. Não parece ser uma mudança iminente, mas só a ideia disso já recebeu resistência do órgão alemão que equivale ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) brasileiro.
Se a influência externa não der conta, as garras gananciosas do Facebook devem se firmar ainda mais no serviço.
Apesar dessas preocupações, o WhatsApp ainda é aquele app simples de usar, usado por bilhões todos os dias. "Se seu avô ou avô conseguem usar um app, então este é um vencedor!", disse Jessica Ekholm. E este é o apelo do querido "Zap": quase todos usam, sabem e gostam de usar.
Enquanto isso, o WhatsApp reina absoluto. Mas a dúvida persiste: se o Facebook bagunçar com os pilares básicos do serviço, o app se sustenta? Se a história da internet nos ensinou alguma coisa é que reinos caem - e rápido.